sexta-feira, 8 de maio de 2020

Seis anos da Lava Jato: relembre todas as fases da operação

Jéssica Otoboni e Diego Freire, da CNN Brasil, em São Paulo
07 de Março de 2020 às 09:20 | Atualizado 16 de Março de 2020 às 17:54




A Operação Lava Jato, considerada a maior investigação da história do Brasil, completa seis anos em 17 de março de 2020. Até aqui, ela teve 71 fases, milhares de mandados de busca e apreensão no país e no exterior, 113 denúncias, 159 condenados, R$ 4 bilhões devolvidos aos cofres públicos e R$ 2,1 bilhões em multas, segundo informações do Ministério Público Federal (MPF).

O que começou com as apurações sobre uma rede de doleiros em diversos estados acabou revelando um vasto esquema de corrupção que causou um prejuízo bilionário para a Petrobras. A estatal estimou as perdas em R$ 6,2 bilhões. Já o Tribunal de Contas da União (TCU) fala em um prejuízo de R$ 29 bilhões desde 2002. De acordo com o MPF, até julho de 2019 foram devolvidos à Petrobras, no âmbito da operação, cerca de R$ 3 bilhões.


Como resultado, a Lava Jato abalou as estruturas do sistema político brasileiro, colocou no banco dos réus dirigentes partidários, parlamentares, ex-ministros e executivos das maiores empreiteiras do país, além de levar à prisão dois ex-presidentes da República: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado no caso do tríplex do Guarujá, que veio à tona em uma das operações; e Michel Temer (MDB), detido provisoriamente em apurações sobre desvios no setor elétrico.

Grande parte do funcionamento da Lava Jato se deve a um mecanismo instituído em 2013, no ano anterior ao início das investigações: a delação premiada, benefício concedido a um acusado que aceite colaborar com as apurações.

Não por acaso, esse é também um dos principais alvos dos críticos da operação, que argumentam que, diante de uma prisão provisória (sem prazo para terminar), os suspeitos aceitariam falar qualquer coisa para deixar a cadeia ou reduzir sua pena — de acordo com a lei, os depoimentos dos delatores devem ser comprovados.

Com abrangência nacional, a operação se divide em três núcleos principais (Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro) e ainda registra uma série de desdobramentos das investigações. A partir de depoimentos de testemunhas e delatores, pelo menos outras 55 operações foram conduzidas além do âmbito da Lava Jato — como a Calicute, de 2016, que levou à detenção do ex-governador do RJ Sérgio Cabral (que acumula penas de 280 anos de prisão); ou a Patmos, deflagrada em 2017 e que levou ao afastamento temporário do ex-senador Aécio Neves (PSDB).

Relembre, a seguir, todas as fases da Lava Jato:

2014

1ª fase: 17/03/2014 - O início de uma operação histórica
Ainda sem grande destaque no noticiário da época, a Polícia Federal deflagrou, em uma segunda-feira pela manhã, uma operação contra lavagem de dinheiro em seis estados (Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) e no Distrito Federal. Entre os 81 alvos de mandados de busca e apreensão, figuravam suspeitos de ligação com contrabando, tráfico de drogas e câmbio clandestino, entre outros delitos. De acordo com as investigações, cerca de R$ 10 bilhões teriam sido movimentados em atividades ilícitas — parte desse montante encoberto nas transações financeiras de uma rede brasiliense de lavanderia em postos de combustíveis. Dali surgiu o nome que ficaria marcado na história brasileira: Operação Lava Jato.

2ª fase: 20/03/2014 - Ex-diretor da Petrobras é preso
Três dias após as primeiras buscas, a Polícia Federal voltava às ruas para cumprir novos mandados relacionados aos mesmos crimes. Nesta fase, uma prisão temporária gerou grande repercussão: o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa foi detido por cinco dias, acusado de tentar destruir provas sobre sua suposta ligação com o doleiro Alberto Youssef. Preso em São Luís (MA), Youssef foi apontado pela PF como o chefe de uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro.

3ª fase: 11/04/2014 - Buscas na sede da Petrobras
Entre 25 mandados cumpridos na terceira etapa da operação — incluindo buscas, conduções coercitivas e prisões temporárias —, ganhou destaque uma ação realizada na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. A própria presidente da estatal na época, Maria das Graças Foster, se dispôs a receber os policiais federais e entregar documentos solicitados pela Justiça.




Fachada da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (16.Out.2019)Crédito: Sergio Moraes/ Reuters


4ª fase: 11/06/2014 - Prisão às vésperas da Copa
Após dois meses sem operações, a Lava Jato ganhou novo capítulo em junho de 2014, um dia antes da abertura da Copa do Mundo de futebol, realizada no Brasil naquele ano. Por ordem do então juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa voltava a ser preso e teve US$ 23 milhões em contas bloqueadas na Suíça. No despacho, Moro apontou o risco de Costa fugir do país, mesmo já tendo entregado seu passaporte às autoridades brasileiras. “O acusado é titular de contas secretas milionárias no exterior e devem ser considerados os milhares de quilômetros de fronteira terrestre do Brasil com outros países”, argumentou o juiz.

5ª fase: 01/07/2014 - “Laranjas” de Youssef são presos
Quando Alberto Youssef estava próximo de completar quatro meses de prisão em Curitiba, a Polícia Federal prendeu dois suspeitos de serem assistentes do doleiro: João Procópio de Almeida e Iara Godino da Silva foram detidos sob a acusação de serem “laranjas” de Youssef, movimentando contas que seriam alimentadas com recursos desviados da Petrobras. De acordo com as investigações, o esquema envolveria Paulo Roberto Costa, que teria superfaturado contratos da estatal durante a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

6ª fase: 22/08/2014 - Genro de Paulo Roberto Costa é alvo
Em desdobramento da operação anterior, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro. Alvo de um mandado de condução coercitiva naquele dia, Marcelo Barboza Daniel, genro de Paulo Roberto Costa, estava em viagem nos Estados Unidos quando foi procurado por policiais. Do exterior, ele se colocou à disposição da Justiça para depor quando retornasse ao Brasil.

7ª fase: 14/11/2014 - Presidentes de empreiteiras são presos
Pela primeira vez, uma etapa da Lava Jato foi batizada pela PF com um nome próprio, prática que se tornaria corriqueira dali em diante. Em novembro de 2014, a Operação Juízo Final foi executada com o cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva e 14 de prisão temporária. Entre os detidos naquele dia, estavam Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, e o lobista Fernando Baiano, além de três presidentes de algumas das maiores empreiteiras do país: Léo Pinheiro (OAS), Ricardo Pessoa (UTC) e Ildefonso Colares Filho (Queiroz Galvão). Também com ordens de prisão, outros executivos do setor de construção não foram localizados em um primeiro momento. Segundo o MPF, a Camargo Corrêa (cujo presidente seria preso no ano seguinte) comandou um cartel de empreiteiras que teriam fraudado licitações da Petrobras. As investigações também começavam a respingar com força em partidos políticos: entre as conduções coercitivas daquele dia, foi ouvida a cunhada do então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

2015

8ª fase: 14/01/2015 - Nestor Cerveró é detido
Em desdobramento da etapa anterior, a Polícia Federal prendeu, de forma preventiva, Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobras. Suspeito de envolvimento nos desvios da estatal, ele foi detido ao desembarcar no Rio de Janeiro após uma viagem a Londres.

9ª fase: 05/02/2015 - Empresas de fachada
Com base em informações coletadas em delações premiadas, a Polícia Federal cumpriu 62 mandados em fevereiro de 2015, incluindo quatro prisões, na Operação My Way. Os alvos tinham envolvimento com 26 empresas acusadas de lavar dinheiro desviado da Petrobras. Entre as companhias, uma das mais conhecidas era a BR Distribuidora, então subsidiária da estatal para distribuição e comercialização de combustíveis.

10ª fase: 16/03/2015 - Operação Que País é Esse?
Um dia antes de completar um ano de sua primeira ação nas ruas, a Lava Jato executou a Operação Que País é Esse? — cujo nome faz referência a uma frase dita por Renato Duque em conversa interceptada com um advogado. Na ação, o próprio Duque voltou a ser preso e teve seus bens congelados. Segundo Sergio Moro, o ex-diretor da Petrobras seguia lavando dinheiro, mesmo após o início das investigações.

11ª fase: 10/04/2015 - Prisão de ex-deputado petista
Batizada de A Origem, a 11ª fase da Lava Jato teve ex-agentes políticos como alvo — todos investigados por crimes como corrupção ativa, lavagem de dinheiro, fraude e tráfico de influência, que teriam ligação com os desvios da Petrobras e de outros órgãos públicos federais. Entre os presos, estava o ex-deputado petista André Vargas (àquela altura sem partido), cassado em dezembro de 2014 por quebra de decoro parlamentar.

12ª fase: 15/04/2015 - Tesoureiro do PT é preso
Suspeito de ter recebido cerca de R$ 200 milhões supostamente desviados da Petrobras para o PT, João Vaccari Neto foi preso preventivamente após ter seu nome citado em delação de Alberto Youssef. No mesmo dia, a esposa de Vaccari Neto foi ouvida.

13ª fase - 21/05/2015 - Denúncias se aproximam de José Dirceu
Apontado como um dos operadores do esquema de propinas da Petrobras, o empresário Milton Pascowitch, prestador de serviços à Ecovix (empresa do ramo de construção naval e offshore), foi preso em sua casa, em São Paulo. Já ouvido na 9ª fase da operação, o empresário foi acusado de repassar propinas a uma empresa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.


O ex-ministro José Dirceu deixa o Fórum Professor Júlio Fabbrini Mirabete, do Tribunal de Justiça do DF, em Brasília (27.jun.2018)Crédito: Marcelo Camargo/ Agência Brasil


14ª fase: 19/06/2015 - Prisões na Odebrecht e Andrade Gutierrez
Foram 59 mandados judiciais na operação batizada de “Erga Omnes” (termo em latim que significa que uma lei “vale para todos”). Nessa etapa, a operação teve como principais alvos executivos das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez — incluindo seus presidentes Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo. Entre outros crimes, os dois foram presos sob acusação de formação de cartel, fraude a licitações, corrupção, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro.


O empresário Marcelo Odebrecht presta depoimento ao então juiz Sergio Moro, em Curitiba, durante investigações da Lava Jato (11/04/2018)Crédito: Agência Brasil/ Reprodução

15ª fase: 02/07/2015 - Conexão Mônaco
Sucessor de Nestor Cerveró (já preso em Curitiba) como diretor internacional da Petrobras, Jorge Zelada foi detido preventivamente no Rio de Janeiro na 15ª fase da Lava Jato, batizada de “Conexão Mônaco”. O nome decorre da descoberta de € 11 milhões mantidos em uma conta secreta de Zelada no principado europeu.

16ª fase: 28/07/2015 - Operação Radioatividade
A operação teve como principal alvo Othon Luiz Pinheiro da Silva, diretor-presidente licenciado da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras voltada à construção de usinas termonucleares no Brasil. Após a prisão de Othon, o prosseguimento das investigações revelou desvios nas obras da usina Angra 3, com pagamentos indevidos solicitados pelo ex-ministro Moreira Franco. Segundo as acusações, o esquema contava com a anuência do então presidente Michel Temer (MDB), que chegou a ser preso preventivamente duas vezes em 2019.

17ª fase: 03/08/2015 - José Dirceu é preso
A 17ª fase da Lava Jato foi batizada de “Pixuleco” — termo utilizado por petistas como sinônimo de dinheiro, segundo delação do empreiteiro Ricardo Pessoa. Entre os oito mandados de prisão preventiva cumpridos naquele dia, se destacou a detenção do ex-ministro José Dirceu, investigado por corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com o MPF, a JD Consultoria, pertencente ao ex-ministro, recebeu propinas em contratos fraudulentos com empresas envolvidas nos desvios da Petrobras.

18ª fase: 13/08/2015 - Continuação da Operação Pixuleco
Continuação da fase anterior, a Operação Pixuleco 2 cumpriu 10 mandados de busca e apreensão e 1 de prisão temporária. Alexandre Romano, ex-vereador do PT na cidade de Americana (SP), foi detido sob a acusação de ser um operador de propinas no esquema que levou à prisão de José Dirceu dias antes.

19ª fase: 21/09/2015 - “Ninguém durma”
Mais uma operação com nome em latim: a “Nessun Dorma” (expressão que significa “ninguém durma”, referência a uma ópera de Turandot) resultou na prisão de José Antunes Sobrinho e João Rezende Henriques, executivos da empreiteira Engevix. A dupla foi acusada de pagar propinas em cima de contratos da empresa com a Eletronuclear.

20ª fase: 16/11/2015 - Desvios nas obras de Abreu e Lima
Roberto Gonçalves, ex-operador financeiro da Petrobras, e o doleiro Nelson Ribeiro foram presos temporariamente na Operação Corrosão. A 20ª etapa da Lava Jato teve foco em pessoas ligadas nas obras da refinaria Abreu e Lima, que teria custado até 20% mais do que deveria. De acordo com o MPF, os valores excedentes foram repassados a políticos e partidos.

21ª fase: 24/11/2015 - Amigo de Lula é preso
Amigo próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o pecuarista e empresário José Carlos Bumlai foi preso preventivamente na 21ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Passe Livre. O lobista Fernando Baiano afirmou em delação que, a pedido de Bumlai, repassou R$ 2 milhões a uma nora de Lula, em esquema que teria como fundo contratos do pré-sal.

2016

22ª fase: 27/01/2016 - Tríplex no Guarujá sob investigação
Na primeira operação do ano de 2016, a Polícia Federal cumpriu seis mandados de prisão temporária e dois de condução coercitiva para apurar a abertura de empresas offshore e contas no exterior usadas para ocultar o dinheiro desviado da Petrobras. O principal foco dos investigadores foi a panamenha Mossack Fonseca, responsável pela offshore registrada como dona de um tríplex construído pela empreiteira OAS no Guarujá, litoral sul de São Paulo — onde um imóvel era atribuído à família de Lula.

23ª fase: 22/02/2016 - Marqueteiro de campanhas petistas é preso
Marqueteiro de campanhas presidenciais vitoriosas de Lula e Dilma Rousseff, o publicitário João Santana foi alvo de um mandado de prisão na 23ª fase da Lava Jato, batizada de Acarajé, mas teve sua detenção consumada apenas no dia seguinte — ao retornar de uma viagem à República Dominicana. Imóveis de Santana, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, foram revistados e outros seis mandados de prisão foram expedidos no mesmo dia, incluindo o de Mônica Moura, esposa do publicitário.

24ª fase: 04/03/2016 - Condução coercitiva de Lula
Com o nome de Aletheia (referência à expressão grega que significa “busca da verdade”), a 24ª fase da Lava Jato resultou em 44 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva — um deles levando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a depor. Ao autorizar a operação, Moro afirmou que Lula “merece todo o respeito, em virtude do cargo que ocupou, mas não está imune à investigação”. O ex-presidente prestou depoimento por cerca de quatro horas em sala do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Diante de um delegado, respondeu a questões sobre as fontes de renda de seu instituto e sua ligação com o tríplex no Guarujá. Naquele dia — no qual alguns de seus aliados e familiares também foram alvos de ações da PF —, o petista convocou uma entrevista coletiva e criticou o tratamento recebido. “Moro não precisaria ter mandado uma coerção da Polícia Federal na minha casa de manhã, na casa dos meus filhos. Era só ter me convidado”, afirmou.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de evento, no Rio de Janeiro, para lançamento da campanha "Se é público é para todos", organizada pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas (03.jun.2016)Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

25ª fase: 21/03/2016 - A Lava Jato chega a Portugal
Pouco após completar dois anos, a Lava Jato teve sua primeira operação internacional. Na 25ª fase, intitulada Polimento, o brasileiro com cidadania portuguesa Raul Schmidt Felipe Júnior foi preso em Lisboa. Acusado de atuar como operador financeiro no pagamento de propinas a agentes da Petrobras, Schmidt estava foragido desde 2015. Investigadores da Polícia Federal e do MPF de Curitiba acompanharam autoridades portuguesas no cumprimento da prisão.

26ª fase: 22/03/2016 - Prisões na Odebrecht
Um dia depois da prisão de Raul Schmidt em Portugal, a Lava Jato atuou nas ruas brasileiras. A operação “Xepa” cumpriu 110 ordens judiciais em 8 estados (Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) e no Distrito Federal, incluindo 15 mandados de prisão. Mais de um ano depois da prisão do presidente Marcelo Odebrecht, os principais alvos foram executivos da empreiteira. De acordo com as investigações, a divisão da empresa conhecida como Setor de Operações Estruturadas operava o pagamento de propinas por meio de contas offshore.

27ª fase: 01/04/2016 - Operação Carbono 14
Ex-secretário do PT, Silvio Pereira foi um dos presos na 27ª fase da Lava Jato, intitulada Operação Carbono 14. Na mesma etapa, o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e o jornalista Breno Altman foram alvos de condução coercitiva. O foco das ações foi um aprofundamento em investigações sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o partido e a Petrobras, além do empresário Ronan Maria Pinto, que também foi detido.

28ª fase: 12/04/2016 - Ex-senador é preso
Citado em delações do então senador Delcídio do Amaral (ex-PT, sem partido na época) e do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) foi preso preventivamente na 28ª fase da Lava Jato, intitulada Vitória de Pirro. De acordo com as denúncias, Argello teria pedido propinas das empreiteiras UTC e OAS.

29ª fase: 23/05/2016 - Operação Repescagem
Com mandados em dois estados (PE e RJ) e no Distrito Federal, a Operação Repescagem resultou na prisão preventiva de João Claudio Genu, ex-assessor do deputado José Janene, que foi líder do PP na Câmara e morreu em 2010 em decorrência de complicações cardíacas. Janene foi condenado no caso do Mensalão e, segundo a Polícia Federal, havia indícios também de seu envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.

30ª fase: 24/05/2016 - Operação Vício
Batizada de Operação Vício, a 30ª fase da Lava Jato focou na investigação de pagamentos de propinas de pelo menos R$ 40 milhões em contratos da Petrobras com fornecedores de tubos. José Dirceu e Renato Duque, ambos já presos, foram acusados de envolvimento no esquema.

31ª fase: 04/07/2016 - Operação Abismo
Com o objetivo de apurar fraudes em contratos da Petrobras que teriam movimentado mais de R$ 39 milhões em propinas, a Operação Abismo teve como principal alvo o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira. Entre os mandados de busca e apreensão, foram realizadas vistorias nas sedes das construtoras Construbase, Construcap, Schachin e WTorre.

32ª fase: 07/07/2016 - Banco panamenho na mira
Policiais federais foram às ruas de Santos e São Bernardo do Campo (SP) para cumprir 17 ordens judiciais na 32ª fase da Lava Jato, batizada de “Caça-Fantasmas. O principal alvo foi Edson Paulo Fanton, representante no Brasil do banco panamenho FSB Bank, que prestou depoimento após condução coercitiva. De acordo com as investigações, o banco atuava no país ilegalmente, sem autorização do Banco Central, para permitir transferências internacionais de dinheiro oriundo de práticas criminosas.

33ª fase: 02/08/2016 - Prisões da Queiroz Galvão
A participação da Queiroz Galvão no chamado “cartel das empreiteiras” foi o principal foco da 33ª etapa da Lava Jato, batizada de Resta Um. Ao todo, foram cumpridos 32 mandados judiciais em seis estados (GO, MG, PE, RJ, RS e SP), incluindo três mandados de prisão. Entre os detidos, estavam o ex-presidente da construtora Idelfonso Colares Filho e o ex-diretor Othon Zanoide de Moraes — ambos presos na 7ª fase e posteriormente liberados.

34ª fase: 22/09/2016 - Guido Mantega é preso
Com apoio da Receita Federal, aproximadamente 180 policiais federais cumpriram as 50 ordens judiciais da chamada Operação Arquivo X, que incluíam oito mandados de prisão temporária. O ex-ministro Guido Mantega, que atuou nos governos de Lula e Dilma, foi preso em São Paulo, suspeito de ter intermediado pagamento de propina do empresário Eike Batista ao PT. Na mesma operação, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da petroleira e construtora naval OLX, pertencente a Eike.

35ª fase: 26/09/2016 - Palocci na cadeia
Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Antonio Palocci foi preso na 35ª etapa da Lava Jato, batizada de Omertá (termo que significa “humildade” em latim, utilizado pela máfia italiana como um código de silêncio). De acordo com investigadores, o político tinha o apelido de “italiano” em planilhas de propinas da Odebrecht. Ex-assessores de Palocci, Juscelino Antônio Dourado e Branislav Kontic também foram detidos e tiveram seus bens bloqueados por ordem do juiz Sergio Moro.


Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda no governo Lula e da Casa Civil durante mandato de Dilma RousseffCrédito: Arquivo/ Agência Brasil

36ª fase: 10/11/2016 - Operação Dragão
Policiais federais cumpriram 16 mandados judiciais de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em São Paulo, Paraná e Ceará. Os alvos eram os operadores financeiros Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran, acusados de movimentar recursos oriundos de relações fraudulentas entre empreiteiras e empresas sediadas no Brasil, envolvendo executivos e funcionários da Petrobras.

37ª fase: 17/11/2016 - Sérgio Cabral preso
Investigações da Operação Calicute levaram à prisão preventiva do ex-governador Sérgio Cabral, em sua casa no Leblon. Elas apontaram indícios de cartelização de obras realizadas pelo governo do Rio de Janeiro com dinheiro público mediante o pagamento de propinas a agentes estatais, incluindo Cabral. O prejuízo foi estimado em mais de R$ 220 milhões. A polícia investigou os crimes de pertencimento à organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.


Ex-governador Sérgio Cabral é preso durante a Operação Calicute, 37ª fase da Operação Lava Jato (17.nov.2016)Crédito: Arquivo/ Agência Brasil

2017

38ª fase: 23/02/2017 - Petrobras e lobistas
A Operação Blackout, no Rio de Janeiro, focou em combater a atuação de operadores financeiros para facilitar a movimentação de recursos indevidos pagos a membros da diretoria da Petrobras. Os alvos eram os lobistas Jorge Luz e Bruno Luz — pai e filho, respectivamente —, acusados de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

39ª fase: 28/03/2017 - Operação Paralelo
Desta vez, os policiais investigaram a atuação de operadores no mercado financeiro em benefício de alvos da Lava Jato, e recursos pagos a executivos da Petrobras em contas secretas mantidas no exterior em nome de empresas offshore. Roberto Gonçalves, sucessor de Pedro Barusco como gerente-executivo de Engenharia da Petrobras, foi preso preventivamente em Roraima.

40ª fase: 04/05/2017 - Estatal e as empreiteiras
Na Operação Asfixia, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, prisão preventiva, prisão temporária e condução coercitiva em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O foco da investigação era o suposto envolvimento de três ex-gerentes do departamento de Gás e Energia da Petrobras em um esquema de repasses ilegais de empreiteiras, vinculados a contratos firmados com a estatal.

41ª fase: 26/05/2017 - Exploração de petróleo na África
Policiais federais investigaram operações financeiras realizadas a partir da compra pela Petrobras de direitos de exploração de petróleo em Benin, na África. Objetivo da Operação Poço Seco era apurar o fornecimento de recursos para pagamento de vantagens indevidas a ex-gerentes de negócios internacionais da empresa. O ex-gerente da Petrobras Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos e o ex-banqueiro José Augusto Ferreira dos Santos foram presos.

42ª fase: 27/07/2017 - Prisão de Aldemir Bendine
O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine foi preso em São Paulo por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele foi acusado de tentar declarar valores ilícitos recebidos da Odebrecht em 2015 como oriundos de uma suposta consultoria prestada à construtora. O nome da operação — Cobra — é uma referência ao codinome de Bendine citado nas planilhas da companhia.

43ª e 44ª fases: 18/08/2017 - Operações simultâneas
A Operação Sem Fronteiras e Abate foram deflagradas simultaneamente, no Rio de Janeiro e em São Paulo. A primeira investigou a ligação entre executivos da Petrobras e um grupo de estrangeiros, visando obter informações privilegiadas e favorecimento em contratos com a empresa brasileira. Preso em São Paulo na Abate, o deputado Cândido Vaccarezza, ex-líder do PT na Câmara, foi acusado de usar sua influência para facilitar a assinatura de 12 contratos com a companhia americana Sargeant Marine (que teriam rendido cerca de US$ 180 milhões) e receber mais de US$ 430 mil de propina por cada contrato assinado. Vaccarezza foi solto quatro dias depois.

45ª fase: 23/08/2017 - Operação Abate II
Em desdobramento da operação anterior, policiais investigaram a atuação de novos interlocutores que agiram junto à Petrobras com o objetivo de ajudar na contratação da Sargeant Marine, entre 2010 e 2013, e remunerar, de maneira indevida, agentes públicos. Tiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz, e o ex-deputado federal Sérgio Tourinho Dantas foram alvos da operação.

46ª fase: 20/11/2017 - Petrobras e Odebrecht
Parte da investigação envolvia a antiga subsidiária da Petrobras, a Petroquisa, e a outra culminou na prisão preventiva de Luiz Carlos Moreira da Silva, ex-gerente da estatal, acusado de lavar dinheiro por meio da contratação de navios-sonda. A investigação apontou que executivos da estatal se uniram para beneficiar a Odebrecht em contratações com a petroleira mediante pagamentos em contas no exterior.

47ª fase: 21/11/2017 - Transpetro na mira da PF
Na Operação Sothis, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão, condução coercitiva e um de prisão temporária, em quatro estados (BA, SE, SC e SP). A operação teve, como alvo principal, o ex-gerente da Transpetro (subsidiária da Petrobras) José Antônio de Jesus, suspeito de receber R$ 7 milhões em propinas pela empresa de engenharia NM. Ele foi preso temporariamente.


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, durante audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados (03.jul.2019)Crédito: Fábio Rodrigues/ Agência Brasil

2018

48ª fase: 22/02/2018 - Propina nas estradas
Primeira fase conduzida em 2018, a Operação Integração investigou casos de corrupção em processos de concessão de rodovias federais do “Anel da Integração”, no Pará. Entre os investigados, estavam Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran, alvos também da 36ª fase, além de Carlos Felisberto Nasser, então assessor da Casa Civil do Paraná. O ex-diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem no Estado, Nelson Leal, foi preso sob acusação de receber propina da concessionária Econorte.

49ª fase: 09/03/2018 - Delfim Netto e Belo Monte
O principal alvo da Operação Buona Fortuna foi o ex-ministro da Fazenda e ex-deputado federal Antônio Delfim Netto, suspeito de receber R$ 15 milhões em propina de construtoras que participaram da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. As investigações apontaram que parte do dinheiro foi enviada ao PMDB e PT. Outro alvo da ação foi Luiz Appolonio Neto, empresário e sobrinho de Delfim.

50ª fase: 23/03/2018 - De novo, a Transpetro
O objetivo da Operação Sothis II era investigar o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos e lavagem de dinheiro envolvendo a Transpetro. De acordo com o MPF do Paraná, a propina de mais de R$ 2,3 milhões beneficiava o ex-gerente da companhia José Antônio de Jesus.

51ª fase: 08/05/2018 - Operação Déjà Vu
Esta fase investigou três ex-funcionários da Petrobras, um operador financeiro e ex-executivos da Odebrecht que, segundo o MPF, se envolveram em um esquema de pagamento de US$ 24,7 milhões em propina para favorecer a estatal em um contrato de prestação de serviços. Entre os investigados, estavam os operadores João Augusto Rezende Henriques e Ângelo Tadeu Lauria, acusados de ligação com o PMDB.

52ª fase: 21/06/2018 - Favorecimento em contratos
Na Operação Greenwich, a PF prendeu preventivamente Djalma Rodrigues de Souza, ex-diretor de Novos Negócios de Petropesquisa, acusado de receber R$ 17,7 milhões da Odebrechet entre 2010 e 2014. As investigações apontaram que esses repasses teriam favorecido a empreiteira na obtenção de contratos.

53ª fase: 11/09/2018 - Beto Richa preso
Operação Piloto focou em apurar um suposto pagamento milionário, em 2014, realizado pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht visando obter favorecimento de licitação para obras em uma rodovia estadual do Paraná. Foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão no estado. Entre os presos, estavam o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) e a mulher dele, Fernanda, além de Jorge Theodócio Atherino, apontado como operador financeiro de Richa, e Tiago Correia Adriano Rocha, braço-direito de Jorge — soltos dias depois.


O ex-governador do Paraná, Beto Richa, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça de Luiz Edson Fachin, indicado pela presidenta Dilma Rousseff para ministro do STF (12.mai.2015)Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

54ª fase: 25/09/2018 - Lava Jato cruza Atlântico pela segunda vez
Em sua segunda etapa internacional, a Lava Jato voltou a Portugal, com mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao operador Mário Ildeu de Miranda. Ele foi investigado por supostamente pagar propina de US$ 56,5 milhões, quantia repassada como resultado de operações indevidas envolvendo um contrato entre Petrobras e Odebrecht.

55ª fase: 26/09/2018 - “Anel da Integração” volta à mira
O foco da Operação Integração II foi a investigação de casos de corrupção ligados à concessão de rodovias federais no Paraná envolvendo novamente o “Anel da Integração”. Um dos presos foi Pepe Richa, irmão de Beto Richa e secretário de Infraestrutura e Logística nos dois mandatos do governador tucano. Pepe foi acusado de usar dinheiro ilegal para adquirir um terreno em Balneário Camboriú (SC).

56ª fase: 23/11/2018 - Corrupção na sede da Petrobras
Na Operação Sem Fundos, a PF investigou crimes de corrupção, gestão fraudulenta de fundo de pensão, lavagem de dinheiro e organização criminosa ligados à construção de prédios que se tornariam a nova sede da Petrobras, em Salvador (BA). Marice Correa, cunhada de Vaccari Neto, chegou a ser presa, mas foi solta dias depois.

57ª fase: 05/12/2018 - Operação Sem Limites
Com atuação no Paraná e no Rio de Janeiro, as investigações apontaram para a existência de um grupo criminoso atuante nas áreas de negociações de compra e venda de petróleo e de afretamento de navios para a Petrobras. Objetivo era obter vantagens indevidas a executivos.

2019

58ª fase: 25/01/2019 - Beto Richa retorna à cadeia
Na primeira operação realizada em 2019, Beto Richa foi preso novamente acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na concessão de rodovias estaduais. Investigações apontaram que o ex-governador recebeu R$ 2,7 milhões em propinas de concessionárias de pedágio do Paraná. Richa foi solto oito dias depois.

59ª fase: 31/01/2019 - Transpetro volta a ser alvo
Investigações da Operação Quinto Ano focaram em empresas e executivos da Transpetro acusados de participar de um esquema de pagamento de propinas para firmar acordos com a estatal, entre 2008 e 2014. Wilson Quintella Filho, ex-presidente e acionista do Grupo Estre, ficou temporariamente preso.

60ª fase: 19/02/2019 - Primeira denúncia em SP
Na Operação Ad Infinitum, as investigações focaram em operadores financeiros que, entre 2010 e 2011, agiam para que a Odebrecht injetasse dinheiro em campanhas eleitorais e pagasse propina a políticos. As acusações de desvio de R$ 7,7 milhões em recursos e imóveis caíram sobre Paulo Vieira de Souza (Paulo Preto), ex-diretor da estatal paulista Desenvolvimento Rodoviário (Dersa), apontado como operador de esquemas envolvendo o PSDB. Foi a primeira denúncia da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo.

61ª fase: 08/05/2019 - Disfarces de Mamon
Esta foi a primeira fase na qual foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede de um banco: o Banco Paulista, acusado de lavagem de dinheiro por meio de contratação de empresas de fachada para emitir notas de serviços não prestados e esconder pagamentos ilícitos. Entre 2009 e 2015, a instituição teria lavado mais de R$ 48 milhões, repassados pela Odebrecht, no exterior. Três executivos do banco foram presos. O nome da operação remete a um trecho da Bíblia: “Ninguém pode servir a dois senhores (...). Não podeis servir a Deus e a Mamon”. A explicação é que o banco envolvido usava suas informações privilegiadas para viabilizar atividades ilegais, ao invés de agir em prol da fluidez do sistema financeiro.

62ª fase: 31/07/2019 - Propina disfarçada de doação de campanha
Na Operação Rock City, o alvo de um mandado de prisão preventiva foi Walter Faria, presidente do Grupo Petrópolis (dono de marcas de cerveja como Itaipava, Petra e Crystal). Junto a outros executivos da empresa, ele foi acusado de lavar R$ 329 milhões em contas no exterior e ajudar a Odebrecht a pagar valores ilícitos ao trocar reais no Brasil por dólares em contas em outros países. A PF investigou o pagamento de propina disfarçada de doação de campanha eleitoral feita por companhias do Petrópolis.

63ª fase: 21/08/2019 - Refinanciamento de dívidas
Investigações da Operação Carbonara Chimica apontaram que a Odebrecht pagava propina periódica a dois ex-ministros visando a aprovação das Medidas Provisórias 470 e 472, que permitiriam refinanciar dívidas por meio da utilização de prejuízos fiscais da empreiteira como pagamento.

64ª fase: 23/08/2019 - Prejuízo de R$ 6 bi nos cofres públicos
Policiais federais investigaram, na Operação Pentiti, crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, além de corrupção ativa e passiva envolvendo a Odebrecht, que podem ter causado um rombo de R$ 6 bilhões nos cofres públicos. Foram cumpridos, em São Paulo e Rio de Janeiro, mandados de busca e apreensão em endereços ligados à ex-presidente da Petrobras Graça Foster e ao fundador do BTG Pactual, André Esteves. Investigação teve como base depoimentos da delação premiada de Antonio Palocci.


Fachada da sede da Odebrecht, em São PauloCrédito: Rovena Rosa/ Agência Brasil

65ª fase: 10/09/2019 - Família Lobão
Na Operação Galeria, Márcio Lobão, filho do ex-ministro Edison Lobão, foi preso, acusado de participar de esquemas de corrupção envolvendo a construção da hidrelétrica de Belo Monte e empresas como a Transpetro. De acordo com o MPF, um escritório de advocacia ligado à família Lobão, no Rio, recebia dinheiro decorrente de pagamentos indevidos.

66ª fase: 27/09/2019 - Funcionários do Banco do Brasil envolvidos
Entre os investigados da Operação Alerta Mínimo, estavam três gerentes e um ex-gerente do Banco do Brasil, acusados de facilitar diversas operações de lavagem de dinheiro entre 2011 e 2014. Segundo procuradores, a maior parte do valor desviado foi transformada em dinheiro em espécie para empreiteiras pagarem, em propinas, contratos com a Petrobras.

67ª fase: 23/10/2019 - Operação Tango & Cash
Esta operação, que contou com a participação de 100 policiais federais, investigou um grupo de empresas cujo objetivo era vencer ilegalmente licitações de contratos com a Petrobras. Segundo as investigações, as propinas pagas seriam de 2% do valor de cada contrato, o que corresponderia ao montante de R$ 60 milhões.

68ª fase: 20/11/2019 - Lava Jato na Suíça
Na terceira etapa da Lava Jato no exterior, a investigação se estendeu a Genebra, na Suíça, e apurou crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, com base em informações fornecidas por Palocci. O Ministério Público suíço cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados às empresas Vitol e Trafigura. Membros das duas companhias foram acusados de pagar propina a funcionários da Petrobras para obter vantagens na estatal.

69ª fase: 10/12/2019 - Lula e Oi/Telemar
Policiais federais investigaram, na Operação Mapa da Mina, repasses financeiros ilegais realizados pela Oi/Telemar para favorecer empresas do grupo Gamecorp/Gol, controladas por, entre outros, o empresário Fábio Luis Lula da Silva, filho de Lula. De acordo com o MPF, o ex-presidente favoreceu a Oi/Telemar ao garantir uma negociação que interessasse ao grupo e, consequentemente, a Fábio Luis. Além disso, policiais federais afirmaram que o ex-ministro José Dirceu praticou crime de tráfico de influência a favor do grupo.

70ª fase: 18/12/2019 - Operação Óbolo
Na última operação do ano, a Polícia Federal focou em colher provas de crimes relacionados a contratos de afretamento de navios pela Petrobras, que somaram R$ 6 bilhões. As empresas envolvidas no acordo eram Maersk, Tide Maritime e Ferchem. Também foi investigado o repasse de informações privilegiadas que favoreceram essas companhias, em troca de pagamentos ilícitos a funcionários da Petrobras.

2020

71ª fase: 05/03/2020 - Operação Titereiro
Na primeira operação de 2020, o alvo foi um suposto esquema de propina no Tribunal de Contas de Estado do Rio de Janeiro. Entre os detidos está Astério Pereira dos Santos, ex-secretário Nacional de Justiça do governo Michel Temer.


Fonte: CNN BRASIL

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