segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Marcos Rogério afirma que é impossível superar o descrédito da CPI

Andréia Luiza Matias

23 de outubro de 2021

Em entrevista ao Terça Livre, nesta quinta-feira (21), o senador Marcos Rogério afirmou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 não tem competência para julgar o presidente da República. Por esse motivo, o Senador “não poderia indiciá-lo”, afirmou o parlamentar.

“Isso pode configurar inclusive abuso de autoridade […] O relator chega ao ponto de acusar o Presidente da República de ser o causador da pandemia. É o criador do vírus. Um absurdo!”

O parlamentar afirmou que desconhece a história de outra comissão que tenha terminado com tanta rejeição da sociedade e disse que é impossível superar o descrédito da CPI.

Sobre a fala de Renan Calheiros a respeito do vazamento do relatório, o Marcos Rogério disse que “somente comprova a prática dolosa crime de abuso de autoridade, principalmente porque antecipou seguidas vezes a imputação de crimes antes da conclusão da investigação.”

                                                                                                          tercalivre.com.br

Denúncia: rede de conexões liga empresas de Alcolumbre ao desembargador do Amapá

Italo Toni Bianchi

22 de outubro de 2021

O jornalista Ed Raposo denunciou em vídeos, publicados em seu canal, e na bancada do Boletim da Manhã dessa quarta-feira (20), uma rede intrincada de informações que liga empresas da família Alcolumbre ao desembargador do Amapá Gilberto Pinheiro. Investigações contra pessoas próximas ao Senador começaram na gestão de André Mendonça à frente do Ministério da Justiça.

De acordo com informações levantadas pelo jornalista, a família Alcolumbre tem negócios na área dos combustíveis, sendo responsável por 70% dos postos de combustível no estado do Amapá até 2019, ao menos. Uma reportagem contida na denúncia aponta que eles acumulam problemas de multas com o IBAMA em virtude das atividades.

No Tribunal de Justiça do Amapá (TJ-AP), uma das empresas que prestou serviço de entrega de combustíveis mais de uma vez ao órgão é a Salomão Alcolumbre Cia. LTDA. As ligações analisadas, no entanto, vão além e mostram uma situação de mais proximidade entre o Senador e Gilberto Pinheiro, desembargador.

Há alguns dias, houve o vazamento de um áudio em que o senador Davi Alcolumbre teria organizado uma troca de favores envolvendo o desembargador e sua suposta amante, que trabalhava no TJ-AP e foi exonerada pela proximidade com o juiz, por uma vaga onde ela pudesse receber salário sem precisar trabalhar.

De acordo com o jornalista, a história envolvendo Davi Alcolumbre e seu primo, Isaac Alcolumbre, preso pela Polícia Federal (PF) ontem (20), seria somente a ponta do iceberg. Informações sobre o caso que circularam na imprensa indicam que ele tem ligação com o tráfico de drogas.

Um processo (apresentado no vídeo por Ed Raposo) que tramita na justiça tem como denunciado Isaac Alcolumbre e como juiz do caso o desembargador Gilberto Pinheiro. Ademais, Isaac é dono de um aeródromo (pequeno aeroporto) distante da área urbana de Macapá, o que pode ligá-lo fortemente às denúncias relacionadas ao abastecimento de aviões usados no tráfico internacional de drogas.

A esposa de Isaac Alcolumbre trabalha no Senado Federal, lotada no gabinete de Davi em Macapá, capital do Amapá. Ela recebe R$3800,00 pelo cargo de assessora parlamentar.

Para Ed Raposo, a demora no agendamento da sabatina de André Mendonça na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, presidida por Davi Alcolumbre, é uma estratégia para enfraquecer a indicação dele ao Supremo Tribunal Federal (STF). Investigações contra senadores só podem ser abertas por Ministros dessa Corte.
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Carlos Dias sobre CPI: ‘Não é um instrumento banal, foi banalizado’

Italo Toni Bianchi

22 de outubro de 2021




O Ministro Luís Roberto Barroso manifestou-se sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, nessa quarta-feira (20), durante uma entrevista. Disse que as acusações de crimes no relatório final, feito pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) são políticas e não jurídicas.

A partir da afirmação do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o analista político Carlos Dias chamou a atenção, no Boletim da Manhã dessa quinta-feira (21), para a importância do mecanismo de fiscalização que são as Comissões Parlamentares de Inquérito.

Contudo, lembrou do desgaste gerado quando se tem um parlamentar com as diversas acusações e investigações, como acontece com o relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros.

“O instrumento não é banal, foi banalizado por uma ação política por figuras da expressão do relator, sujeito que está respondendo um conjunto de processos e tem, de uma maneira objetiva, utilizado os instrumentos políticos, que a CPI também o é, mas não de maneira tão baixa como ele produziu, contra o governo e claramente contra o presidente da República”, disse.

O relatório apresentado por Renan Calheiros indicia 66 pessoas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro. O Ministro Luís Barroso chegou a mencionar o Ministério Público (MP), dizendo que o órgão “deverá trabalhar com os fatos que foram apurados” qualificando fatos ou até considerando-os atípicos.

Sobre o Ministro, Carlos Dias lembrou que foi o próprio Luís Barroso quem determinou a instauração de uma CPI vazia de objeto central e agora vê os efeitos de sua decisão por meio do relatório. Desde a abertura da Comissão não há fato determinado.

“A mesma CPI sequer tem fato determinado. Ela foi aberta pelo mesmo Ministro que criticou a ação muito mais política do que jurídica da CPI. Esse Ministro autorizou uma CPI ser aberta sem fato determinado, só poderia dar nisso. Porque o vício de origem ficou óbvio a partir do relatório, ela não tinha nada a apurar porque não havia nada de concreto na sua instauração”, concluiu, afirmando que por melhor que fosse o relatório, o Ministério Público é que verifica se de fato existem condições reais de investigações e indiciamentos.

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Renan Calheiros sobre relatório da CPI: ‘Teria que vazar mesmo’

Italo Toni Bianchi


21 de outubro de 2021



O senador Renan Calheiros (MDB-AL) concedeu entrevista exclusiva ao canal CNN Brasil na última segunda-feira (18), onde comentou sobre o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mencionando que vazamentos poderiam acontecer mesmo.

“Essa coisa de vazar, se vazou, porque vazou, não dá pra discutir isso no século 21. Um relatório que estava pronto há dois meses em alguns aspectos, como eu disse e repito. Teria que vazar mesmo. Tem 50 pessoas entre consultores, assessores de parlamentares, parlamentares, envolvidas na discussão do relatório, do par
ecer. A investigação foi pública em todos os momentos; as minhas posições são públicas e defendidas todas as vezes”, falou.

Ao falar sobre as divergências em relação ao documento final, o senador assumiu seu posicionamento sobre o vazamento de informações que teoricamente seriam sigilosas da Comissão, até a apresentação do relatório, que deverá ser lido nesta quarta-feira (20).

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Seis anos da Lava Jato: relembre todas as fases da operação

Jéssica Otoboni e Diego Freire, da CNN Brasil, em São Paulo
07 de Março de 2020 às 09:20 | Atualizado 16 de Março de 2020 às 17:54




A Operação Lava Jato, considerada a maior investigação da história do Brasil, completa seis anos em 17 de março de 2020. Até aqui, ela teve 71 fases, milhares de mandados de busca e apreensão no país e no exterior, 113 denúncias, 159 condenados, R$ 4 bilhões devolvidos aos cofres públicos e R$ 2,1 bilhões em multas, segundo informações do Ministério Público Federal (MPF).

O que começou com as apurações sobre uma rede de doleiros em diversos estados acabou revelando um vasto esquema de corrupção que causou um prejuízo bilionário para a Petrobras. A estatal estimou as perdas em R$ 6,2 bilhões. Já o Tribunal de Contas da União (TCU) fala em um prejuízo de R$ 29 bilhões desde 2002. De acordo com o MPF, até julho de 2019 foram devolvidos à Petrobras, no âmbito da operação, cerca de R$ 3 bilhões.


Como resultado, a Lava Jato abalou as estruturas do sistema político brasileiro, colocou no banco dos réus dirigentes partidários, parlamentares, ex-ministros e executivos das maiores empreiteiras do país, além de levar à prisão dois ex-presidentes da República: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado no caso do tríplex do Guarujá, que veio à tona em uma das operações; e Michel Temer (MDB), detido provisoriamente em apurações sobre desvios no setor elétrico.

Grande parte do funcionamento da Lava Jato se deve a um mecanismo instituído em 2013, no ano anterior ao início das investigações: a delação premiada, benefício concedido a um acusado que aceite colaborar com as apurações.

Não por acaso, esse é também um dos principais alvos dos críticos da operação, que argumentam que, diante de uma prisão provisória (sem prazo para terminar), os suspeitos aceitariam falar qualquer coisa para deixar a cadeia ou reduzir sua pena — de acordo com a lei, os depoimentos dos delatores devem ser comprovados.

Com abrangência nacional, a operação se divide em três núcleos principais (Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro) e ainda registra uma série de desdobramentos das investigações. A partir de depoimentos de testemunhas e delatores, pelo menos outras 55 operações foram conduzidas além do âmbito da Lava Jato — como a Calicute, de 2016, que levou à detenção do ex-governador do RJ Sérgio Cabral (que acumula penas de 280 anos de prisão); ou a Patmos, deflagrada em 2017 e que levou ao afastamento temporário do ex-senador Aécio Neves (PSDB).

Relembre, a seguir, todas as fases da Lava Jato:

2014

1ª fase: 17/03/2014 - O início de uma operação histórica
Ainda sem grande destaque no noticiário da época, a Polícia Federal deflagrou, em uma segunda-feira pela manhã, uma operação contra lavagem de dinheiro em seis estados (Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) e no Distrito Federal. Entre os 81 alvos de mandados de busca e apreensão, figuravam suspeitos de ligação com contrabando, tráfico de drogas e câmbio clandestino, entre outros delitos. De acordo com as investigações, cerca de R$ 10 bilhões teriam sido movimentados em atividades ilícitas — parte desse montante encoberto nas transações financeiras de uma rede brasiliense de lavanderia em postos de combustíveis. Dali surgiu o nome que ficaria marcado na história brasileira: Operação Lava Jato.

2ª fase: 20/03/2014 - Ex-diretor da Petrobras é preso
Três dias após as primeiras buscas, a Polícia Federal voltava às ruas para cumprir novos mandados relacionados aos mesmos crimes. Nesta fase, uma prisão temporária gerou grande repercussão: o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa foi detido por cinco dias, acusado de tentar destruir provas sobre sua suposta ligação com o doleiro Alberto Youssef. Preso em São Luís (MA), Youssef foi apontado pela PF como o chefe de uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro.

3ª fase: 11/04/2014 - Buscas na sede da Petrobras
Entre 25 mandados cumpridos na terceira etapa da operação — incluindo buscas, conduções coercitivas e prisões temporárias —, ganhou destaque uma ação realizada na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. A própria presidente da estatal na época, Maria das Graças Foster, se dispôs a receber os policiais federais e entregar documentos solicitados pela Justiça.




Fachada da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (16.Out.2019)Crédito: Sergio Moraes/ Reuters


4ª fase: 11/06/2014 - Prisão às vésperas da Copa
Após dois meses sem operações, a Lava Jato ganhou novo capítulo em junho de 2014, um dia antes da abertura da Copa do Mundo de futebol, realizada no Brasil naquele ano. Por ordem do então juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa voltava a ser preso e teve US$ 23 milhões em contas bloqueadas na Suíça. No despacho, Moro apontou o risco de Costa fugir do país, mesmo já tendo entregado seu passaporte às autoridades brasileiras. “O acusado é titular de contas secretas milionárias no exterior e devem ser considerados os milhares de quilômetros de fronteira terrestre do Brasil com outros países”, argumentou o juiz.

5ª fase: 01/07/2014 - “Laranjas” de Youssef são presos
Quando Alberto Youssef estava próximo de completar quatro meses de prisão em Curitiba, a Polícia Federal prendeu dois suspeitos de serem assistentes do doleiro: João Procópio de Almeida e Iara Godino da Silva foram detidos sob a acusação de serem “laranjas” de Youssef, movimentando contas que seriam alimentadas com recursos desviados da Petrobras. De acordo com as investigações, o esquema envolveria Paulo Roberto Costa, que teria superfaturado contratos da estatal durante a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

6ª fase: 22/08/2014 - Genro de Paulo Roberto Costa é alvo
Em desdobramento da operação anterior, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro. Alvo de um mandado de condução coercitiva naquele dia, Marcelo Barboza Daniel, genro de Paulo Roberto Costa, estava em viagem nos Estados Unidos quando foi procurado por policiais. Do exterior, ele se colocou à disposição da Justiça para depor quando retornasse ao Brasil.

7ª fase: 14/11/2014 - Presidentes de empreiteiras são presos
Pela primeira vez, uma etapa da Lava Jato foi batizada pela PF com um nome próprio, prática que se tornaria corriqueira dali em diante. Em novembro de 2014, a Operação Juízo Final foi executada com o cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva e 14 de prisão temporária. Entre os detidos naquele dia, estavam Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, e o lobista Fernando Baiano, além de três presidentes de algumas das maiores empreiteiras do país: Léo Pinheiro (OAS), Ricardo Pessoa (UTC) e Ildefonso Colares Filho (Queiroz Galvão). Também com ordens de prisão, outros executivos do setor de construção não foram localizados em um primeiro momento. Segundo o MPF, a Camargo Corrêa (cujo presidente seria preso no ano seguinte) comandou um cartel de empreiteiras que teriam fraudado licitações da Petrobras. As investigações também começavam a respingar com força em partidos políticos: entre as conduções coercitivas daquele dia, foi ouvida a cunhada do então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

2015

8ª fase: 14/01/2015 - Nestor Cerveró é detido
Em desdobramento da etapa anterior, a Polícia Federal prendeu, de forma preventiva, Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobras. Suspeito de envolvimento nos desvios da estatal, ele foi detido ao desembarcar no Rio de Janeiro após uma viagem a Londres.

9ª fase: 05/02/2015 - Empresas de fachada
Com base em informações coletadas em delações premiadas, a Polícia Federal cumpriu 62 mandados em fevereiro de 2015, incluindo quatro prisões, na Operação My Way. Os alvos tinham envolvimento com 26 empresas acusadas de lavar dinheiro desviado da Petrobras. Entre as companhias, uma das mais conhecidas era a BR Distribuidora, então subsidiária da estatal para distribuição e comercialização de combustíveis.

10ª fase: 16/03/2015 - Operação Que País é Esse?
Um dia antes de completar um ano de sua primeira ação nas ruas, a Lava Jato executou a Operação Que País é Esse? — cujo nome faz referência a uma frase dita por Renato Duque em conversa interceptada com um advogado. Na ação, o próprio Duque voltou a ser preso e teve seus bens congelados. Segundo Sergio Moro, o ex-diretor da Petrobras seguia lavando dinheiro, mesmo após o início das investigações.

11ª fase: 10/04/2015 - Prisão de ex-deputado petista
Batizada de A Origem, a 11ª fase da Lava Jato teve ex-agentes políticos como alvo — todos investigados por crimes como corrupção ativa, lavagem de dinheiro, fraude e tráfico de influência, que teriam ligação com os desvios da Petrobras e de outros órgãos públicos federais. Entre os presos, estava o ex-deputado petista André Vargas (àquela altura sem partido), cassado em dezembro de 2014 por quebra de decoro parlamentar.

12ª fase: 15/04/2015 - Tesoureiro do PT é preso
Suspeito de ter recebido cerca de R$ 200 milhões supostamente desviados da Petrobras para o PT, João Vaccari Neto foi preso preventivamente após ter seu nome citado em delação de Alberto Youssef. No mesmo dia, a esposa de Vaccari Neto foi ouvida.

13ª fase - 21/05/2015 - Denúncias se aproximam de José Dirceu
Apontado como um dos operadores do esquema de propinas da Petrobras, o empresário Milton Pascowitch, prestador de serviços à Ecovix (empresa do ramo de construção naval e offshore), foi preso em sua casa, em São Paulo. Já ouvido na 9ª fase da operação, o empresário foi acusado de repassar propinas a uma empresa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.


O ex-ministro José Dirceu deixa o Fórum Professor Júlio Fabbrini Mirabete, do Tribunal de Justiça do DF, em Brasília (27.jun.2018)Crédito: Marcelo Camargo/ Agência Brasil


14ª fase: 19/06/2015 - Prisões na Odebrecht e Andrade Gutierrez
Foram 59 mandados judiciais na operação batizada de “Erga Omnes” (termo em latim que significa que uma lei “vale para todos”). Nessa etapa, a operação teve como principais alvos executivos das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez — incluindo seus presidentes Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo. Entre outros crimes, os dois foram presos sob acusação de formação de cartel, fraude a licitações, corrupção, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro.


O empresário Marcelo Odebrecht presta depoimento ao então juiz Sergio Moro, em Curitiba, durante investigações da Lava Jato (11/04/2018)Crédito: Agência Brasil/ Reprodução

15ª fase: 02/07/2015 - Conexão Mônaco
Sucessor de Nestor Cerveró (já preso em Curitiba) como diretor internacional da Petrobras, Jorge Zelada foi detido preventivamente no Rio de Janeiro na 15ª fase da Lava Jato, batizada de “Conexão Mônaco”. O nome decorre da descoberta de € 11 milhões mantidos em uma conta secreta de Zelada no principado europeu.

16ª fase: 28/07/2015 - Operação Radioatividade
A operação teve como principal alvo Othon Luiz Pinheiro da Silva, diretor-presidente licenciado da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras voltada à construção de usinas termonucleares no Brasil. Após a prisão de Othon, o prosseguimento das investigações revelou desvios nas obras da usina Angra 3, com pagamentos indevidos solicitados pelo ex-ministro Moreira Franco. Segundo as acusações, o esquema contava com a anuência do então presidente Michel Temer (MDB), que chegou a ser preso preventivamente duas vezes em 2019.

17ª fase: 03/08/2015 - José Dirceu é preso
A 17ª fase da Lava Jato foi batizada de “Pixuleco” — termo utilizado por petistas como sinônimo de dinheiro, segundo delação do empreiteiro Ricardo Pessoa. Entre os oito mandados de prisão preventiva cumpridos naquele dia, se destacou a detenção do ex-ministro José Dirceu, investigado por corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com o MPF, a JD Consultoria, pertencente ao ex-ministro, recebeu propinas em contratos fraudulentos com empresas envolvidas nos desvios da Petrobras.

18ª fase: 13/08/2015 - Continuação da Operação Pixuleco
Continuação da fase anterior, a Operação Pixuleco 2 cumpriu 10 mandados de busca e apreensão e 1 de prisão temporária. Alexandre Romano, ex-vereador do PT na cidade de Americana (SP), foi detido sob a acusação de ser um operador de propinas no esquema que levou à prisão de José Dirceu dias antes.

19ª fase: 21/09/2015 - “Ninguém durma”
Mais uma operação com nome em latim: a “Nessun Dorma” (expressão que significa “ninguém durma”, referência a uma ópera de Turandot) resultou na prisão de José Antunes Sobrinho e João Rezende Henriques, executivos da empreiteira Engevix. A dupla foi acusada de pagar propinas em cima de contratos da empresa com a Eletronuclear.

20ª fase: 16/11/2015 - Desvios nas obras de Abreu e Lima
Roberto Gonçalves, ex-operador financeiro da Petrobras, e o doleiro Nelson Ribeiro foram presos temporariamente na Operação Corrosão. A 20ª etapa da Lava Jato teve foco em pessoas ligadas nas obras da refinaria Abreu e Lima, que teria custado até 20% mais do que deveria. De acordo com o MPF, os valores excedentes foram repassados a políticos e partidos.

21ª fase: 24/11/2015 - Amigo de Lula é preso
Amigo próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o pecuarista e empresário José Carlos Bumlai foi preso preventivamente na 21ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Passe Livre. O lobista Fernando Baiano afirmou em delação que, a pedido de Bumlai, repassou R$ 2 milhões a uma nora de Lula, em esquema que teria como fundo contratos do pré-sal.

2016

22ª fase: 27/01/2016 - Tríplex no Guarujá sob investigação
Na primeira operação do ano de 2016, a Polícia Federal cumpriu seis mandados de prisão temporária e dois de condução coercitiva para apurar a abertura de empresas offshore e contas no exterior usadas para ocultar o dinheiro desviado da Petrobras. O principal foco dos investigadores foi a panamenha Mossack Fonseca, responsável pela offshore registrada como dona de um tríplex construído pela empreiteira OAS no Guarujá, litoral sul de São Paulo — onde um imóvel era atribuído à família de Lula.

23ª fase: 22/02/2016 - Marqueteiro de campanhas petistas é preso
Marqueteiro de campanhas presidenciais vitoriosas de Lula e Dilma Rousseff, o publicitário João Santana foi alvo de um mandado de prisão na 23ª fase da Lava Jato, batizada de Acarajé, mas teve sua detenção consumada apenas no dia seguinte — ao retornar de uma viagem à República Dominicana. Imóveis de Santana, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, foram revistados e outros seis mandados de prisão foram expedidos no mesmo dia, incluindo o de Mônica Moura, esposa do publicitário.

24ª fase: 04/03/2016 - Condução coercitiva de Lula
Com o nome de Aletheia (referência à expressão grega que significa “busca da verdade”), a 24ª fase da Lava Jato resultou em 44 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva — um deles levando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a depor. Ao autorizar a operação, Moro afirmou que Lula “merece todo o respeito, em virtude do cargo que ocupou, mas não está imune à investigação”. O ex-presidente prestou depoimento por cerca de quatro horas em sala do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Diante de um delegado, respondeu a questões sobre as fontes de renda de seu instituto e sua ligação com o tríplex no Guarujá. Naquele dia — no qual alguns de seus aliados e familiares também foram alvos de ações da PF —, o petista convocou uma entrevista coletiva e criticou o tratamento recebido. “Moro não precisaria ter mandado uma coerção da Polícia Federal na minha casa de manhã, na casa dos meus filhos. Era só ter me convidado”, afirmou.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de evento, no Rio de Janeiro, para lançamento da campanha "Se é público é para todos", organizada pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas (03.jun.2016)Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

25ª fase: 21/03/2016 - A Lava Jato chega a Portugal
Pouco após completar dois anos, a Lava Jato teve sua primeira operação internacional. Na 25ª fase, intitulada Polimento, o brasileiro com cidadania portuguesa Raul Schmidt Felipe Júnior foi preso em Lisboa. Acusado de atuar como operador financeiro no pagamento de propinas a agentes da Petrobras, Schmidt estava foragido desde 2015. Investigadores da Polícia Federal e do MPF de Curitiba acompanharam autoridades portuguesas no cumprimento da prisão.

26ª fase: 22/03/2016 - Prisões na Odebrecht
Um dia depois da prisão de Raul Schmidt em Portugal, a Lava Jato atuou nas ruas brasileiras. A operação “Xepa” cumpriu 110 ordens judiciais em 8 estados (Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) e no Distrito Federal, incluindo 15 mandados de prisão. Mais de um ano depois da prisão do presidente Marcelo Odebrecht, os principais alvos foram executivos da empreiteira. De acordo com as investigações, a divisão da empresa conhecida como Setor de Operações Estruturadas operava o pagamento de propinas por meio de contas offshore.

27ª fase: 01/04/2016 - Operação Carbono 14
Ex-secretário do PT, Silvio Pereira foi um dos presos na 27ª fase da Lava Jato, intitulada Operação Carbono 14. Na mesma etapa, o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e o jornalista Breno Altman foram alvos de condução coercitiva. O foco das ações foi um aprofundamento em investigações sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o partido e a Petrobras, além do empresário Ronan Maria Pinto, que também foi detido.

28ª fase: 12/04/2016 - Ex-senador é preso
Citado em delações do então senador Delcídio do Amaral (ex-PT, sem partido na época) e do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) foi preso preventivamente na 28ª fase da Lava Jato, intitulada Vitória de Pirro. De acordo com as denúncias, Argello teria pedido propinas das empreiteiras UTC e OAS.

29ª fase: 23/05/2016 - Operação Repescagem
Com mandados em dois estados (PE e RJ) e no Distrito Federal, a Operação Repescagem resultou na prisão preventiva de João Claudio Genu, ex-assessor do deputado José Janene, que foi líder do PP na Câmara e morreu em 2010 em decorrência de complicações cardíacas. Janene foi condenado no caso do Mensalão e, segundo a Polícia Federal, havia indícios também de seu envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.

30ª fase: 24/05/2016 - Operação Vício
Batizada de Operação Vício, a 30ª fase da Lava Jato focou na investigação de pagamentos de propinas de pelo menos R$ 40 milhões em contratos da Petrobras com fornecedores de tubos. José Dirceu e Renato Duque, ambos já presos, foram acusados de envolvimento no esquema.

31ª fase: 04/07/2016 - Operação Abismo
Com o objetivo de apurar fraudes em contratos da Petrobras que teriam movimentado mais de R$ 39 milhões em propinas, a Operação Abismo teve como principal alvo o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira. Entre os mandados de busca e apreensão, foram realizadas vistorias nas sedes das construtoras Construbase, Construcap, Schachin e WTorre.

32ª fase: 07/07/2016 - Banco panamenho na mira
Policiais federais foram às ruas de Santos e São Bernardo do Campo (SP) para cumprir 17 ordens judiciais na 32ª fase da Lava Jato, batizada de “Caça-Fantasmas. O principal alvo foi Edson Paulo Fanton, representante no Brasil do banco panamenho FSB Bank, que prestou depoimento após condução coercitiva. De acordo com as investigações, o banco atuava no país ilegalmente, sem autorização do Banco Central, para permitir transferências internacionais de dinheiro oriundo de práticas criminosas.

33ª fase: 02/08/2016 - Prisões da Queiroz Galvão
A participação da Queiroz Galvão no chamado “cartel das empreiteiras” foi o principal foco da 33ª etapa da Lava Jato, batizada de Resta Um. Ao todo, foram cumpridos 32 mandados judiciais em seis estados (GO, MG, PE, RJ, RS e SP), incluindo três mandados de prisão. Entre os detidos, estavam o ex-presidente da construtora Idelfonso Colares Filho e o ex-diretor Othon Zanoide de Moraes — ambos presos na 7ª fase e posteriormente liberados.

34ª fase: 22/09/2016 - Guido Mantega é preso
Com apoio da Receita Federal, aproximadamente 180 policiais federais cumpriram as 50 ordens judiciais da chamada Operação Arquivo X, que incluíam oito mandados de prisão temporária. O ex-ministro Guido Mantega, que atuou nos governos de Lula e Dilma, foi preso em São Paulo, suspeito de ter intermediado pagamento de propina do empresário Eike Batista ao PT. Na mesma operação, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da petroleira e construtora naval OLX, pertencente a Eike.

35ª fase: 26/09/2016 - Palocci na cadeia
Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Antonio Palocci foi preso na 35ª etapa da Lava Jato, batizada de Omertá (termo que significa “humildade” em latim, utilizado pela máfia italiana como um código de silêncio). De acordo com investigadores, o político tinha o apelido de “italiano” em planilhas de propinas da Odebrecht. Ex-assessores de Palocci, Juscelino Antônio Dourado e Branislav Kontic também foram detidos e tiveram seus bens bloqueados por ordem do juiz Sergio Moro.


Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda no governo Lula e da Casa Civil durante mandato de Dilma RousseffCrédito: Arquivo/ Agência Brasil

36ª fase: 10/11/2016 - Operação Dragão
Policiais federais cumpriram 16 mandados judiciais de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em São Paulo, Paraná e Ceará. Os alvos eram os operadores financeiros Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran, acusados de movimentar recursos oriundos de relações fraudulentas entre empreiteiras e empresas sediadas no Brasil, envolvendo executivos e funcionários da Petrobras.

37ª fase: 17/11/2016 - Sérgio Cabral preso
Investigações da Operação Calicute levaram à prisão preventiva do ex-governador Sérgio Cabral, em sua casa no Leblon. Elas apontaram indícios de cartelização de obras realizadas pelo governo do Rio de Janeiro com dinheiro público mediante o pagamento de propinas a agentes estatais, incluindo Cabral. O prejuízo foi estimado em mais de R$ 220 milhões. A polícia investigou os crimes de pertencimento à organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.


Ex-governador Sérgio Cabral é preso durante a Operação Calicute, 37ª fase da Operação Lava Jato (17.nov.2016)Crédito: Arquivo/ Agência Brasil

2017

38ª fase: 23/02/2017 - Petrobras e lobistas
A Operação Blackout, no Rio de Janeiro, focou em combater a atuação de operadores financeiros para facilitar a movimentação de recursos indevidos pagos a membros da diretoria da Petrobras. Os alvos eram os lobistas Jorge Luz e Bruno Luz — pai e filho, respectivamente —, acusados de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

39ª fase: 28/03/2017 - Operação Paralelo
Desta vez, os policiais investigaram a atuação de operadores no mercado financeiro em benefício de alvos da Lava Jato, e recursos pagos a executivos da Petrobras em contas secretas mantidas no exterior em nome de empresas offshore. Roberto Gonçalves, sucessor de Pedro Barusco como gerente-executivo de Engenharia da Petrobras, foi preso preventivamente em Roraima.

40ª fase: 04/05/2017 - Estatal e as empreiteiras
Na Operação Asfixia, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, prisão preventiva, prisão temporária e condução coercitiva em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O foco da investigação era o suposto envolvimento de três ex-gerentes do departamento de Gás e Energia da Petrobras em um esquema de repasses ilegais de empreiteiras, vinculados a contratos firmados com a estatal.

41ª fase: 26/05/2017 - Exploração de petróleo na África
Policiais federais investigaram operações financeiras realizadas a partir da compra pela Petrobras de direitos de exploração de petróleo em Benin, na África. Objetivo da Operação Poço Seco era apurar o fornecimento de recursos para pagamento de vantagens indevidas a ex-gerentes de negócios internacionais da empresa. O ex-gerente da Petrobras Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos e o ex-banqueiro José Augusto Ferreira dos Santos foram presos.

42ª fase: 27/07/2017 - Prisão de Aldemir Bendine
O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine foi preso em São Paulo por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele foi acusado de tentar declarar valores ilícitos recebidos da Odebrecht em 2015 como oriundos de uma suposta consultoria prestada à construtora. O nome da operação — Cobra — é uma referência ao codinome de Bendine citado nas planilhas da companhia.

43ª e 44ª fases: 18/08/2017 - Operações simultâneas
A Operação Sem Fronteiras e Abate foram deflagradas simultaneamente, no Rio de Janeiro e em São Paulo. A primeira investigou a ligação entre executivos da Petrobras e um grupo de estrangeiros, visando obter informações privilegiadas e favorecimento em contratos com a empresa brasileira. Preso em São Paulo na Abate, o deputado Cândido Vaccarezza, ex-líder do PT na Câmara, foi acusado de usar sua influência para facilitar a assinatura de 12 contratos com a companhia americana Sargeant Marine (que teriam rendido cerca de US$ 180 milhões) e receber mais de US$ 430 mil de propina por cada contrato assinado. Vaccarezza foi solto quatro dias depois.

45ª fase: 23/08/2017 - Operação Abate II
Em desdobramento da operação anterior, policiais investigaram a atuação de novos interlocutores que agiram junto à Petrobras com o objetivo de ajudar na contratação da Sargeant Marine, entre 2010 e 2013, e remunerar, de maneira indevida, agentes públicos. Tiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz, e o ex-deputado federal Sérgio Tourinho Dantas foram alvos da operação.

46ª fase: 20/11/2017 - Petrobras e Odebrecht
Parte da investigação envolvia a antiga subsidiária da Petrobras, a Petroquisa, e a outra culminou na prisão preventiva de Luiz Carlos Moreira da Silva, ex-gerente da estatal, acusado de lavar dinheiro por meio da contratação de navios-sonda. A investigação apontou que executivos da estatal se uniram para beneficiar a Odebrecht em contratações com a petroleira mediante pagamentos em contas no exterior.

47ª fase: 21/11/2017 - Transpetro na mira da PF
Na Operação Sothis, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão, condução coercitiva e um de prisão temporária, em quatro estados (BA, SE, SC e SP). A operação teve, como alvo principal, o ex-gerente da Transpetro (subsidiária da Petrobras) José Antônio de Jesus, suspeito de receber R$ 7 milhões em propinas pela empresa de engenharia NM. Ele foi preso temporariamente.


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, durante audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados (03.jul.2019)Crédito: Fábio Rodrigues/ Agência Brasil

2018

48ª fase: 22/02/2018 - Propina nas estradas
Primeira fase conduzida em 2018, a Operação Integração investigou casos de corrupção em processos de concessão de rodovias federais do “Anel da Integração”, no Pará. Entre os investigados, estavam Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran, alvos também da 36ª fase, além de Carlos Felisberto Nasser, então assessor da Casa Civil do Paraná. O ex-diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem no Estado, Nelson Leal, foi preso sob acusação de receber propina da concessionária Econorte.

49ª fase: 09/03/2018 - Delfim Netto e Belo Monte
O principal alvo da Operação Buona Fortuna foi o ex-ministro da Fazenda e ex-deputado federal Antônio Delfim Netto, suspeito de receber R$ 15 milhões em propina de construtoras que participaram da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. As investigações apontaram que parte do dinheiro foi enviada ao PMDB e PT. Outro alvo da ação foi Luiz Appolonio Neto, empresário e sobrinho de Delfim.

50ª fase: 23/03/2018 - De novo, a Transpetro
O objetivo da Operação Sothis II era investigar o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos e lavagem de dinheiro envolvendo a Transpetro. De acordo com o MPF do Paraná, a propina de mais de R$ 2,3 milhões beneficiava o ex-gerente da companhia José Antônio de Jesus.

51ª fase: 08/05/2018 - Operação Déjà Vu
Esta fase investigou três ex-funcionários da Petrobras, um operador financeiro e ex-executivos da Odebrecht que, segundo o MPF, se envolveram em um esquema de pagamento de US$ 24,7 milhões em propina para favorecer a estatal em um contrato de prestação de serviços. Entre os investigados, estavam os operadores João Augusto Rezende Henriques e Ângelo Tadeu Lauria, acusados de ligação com o PMDB.

52ª fase: 21/06/2018 - Favorecimento em contratos
Na Operação Greenwich, a PF prendeu preventivamente Djalma Rodrigues de Souza, ex-diretor de Novos Negócios de Petropesquisa, acusado de receber R$ 17,7 milhões da Odebrechet entre 2010 e 2014. As investigações apontaram que esses repasses teriam favorecido a empreiteira na obtenção de contratos.

53ª fase: 11/09/2018 - Beto Richa preso
Operação Piloto focou em apurar um suposto pagamento milionário, em 2014, realizado pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht visando obter favorecimento de licitação para obras em uma rodovia estadual do Paraná. Foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão no estado. Entre os presos, estavam o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) e a mulher dele, Fernanda, além de Jorge Theodócio Atherino, apontado como operador financeiro de Richa, e Tiago Correia Adriano Rocha, braço-direito de Jorge — soltos dias depois.


O ex-governador do Paraná, Beto Richa, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça de Luiz Edson Fachin, indicado pela presidenta Dilma Rousseff para ministro do STF (12.mai.2015)Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

54ª fase: 25/09/2018 - Lava Jato cruza Atlântico pela segunda vez
Em sua segunda etapa internacional, a Lava Jato voltou a Portugal, com mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao operador Mário Ildeu de Miranda. Ele foi investigado por supostamente pagar propina de US$ 56,5 milhões, quantia repassada como resultado de operações indevidas envolvendo um contrato entre Petrobras e Odebrecht.

55ª fase: 26/09/2018 - “Anel da Integração” volta à mira
O foco da Operação Integração II foi a investigação de casos de corrupção ligados à concessão de rodovias federais no Paraná envolvendo novamente o “Anel da Integração”. Um dos presos foi Pepe Richa, irmão de Beto Richa e secretário de Infraestrutura e Logística nos dois mandatos do governador tucano. Pepe foi acusado de usar dinheiro ilegal para adquirir um terreno em Balneário Camboriú (SC).

56ª fase: 23/11/2018 - Corrupção na sede da Petrobras
Na Operação Sem Fundos, a PF investigou crimes de corrupção, gestão fraudulenta de fundo de pensão, lavagem de dinheiro e organização criminosa ligados à construção de prédios que se tornariam a nova sede da Petrobras, em Salvador (BA). Marice Correa, cunhada de Vaccari Neto, chegou a ser presa, mas foi solta dias depois.

57ª fase: 05/12/2018 - Operação Sem Limites
Com atuação no Paraná e no Rio de Janeiro, as investigações apontaram para a existência de um grupo criminoso atuante nas áreas de negociações de compra e venda de petróleo e de afretamento de navios para a Petrobras. Objetivo era obter vantagens indevidas a executivos.

2019

58ª fase: 25/01/2019 - Beto Richa retorna à cadeia
Na primeira operação realizada em 2019, Beto Richa foi preso novamente acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na concessão de rodovias estaduais. Investigações apontaram que o ex-governador recebeu R$ 2,7 milhões em propinas de concessionárias de pedágio do Paraná. Richa foi solto oito dias depois.

59ª fase: 31/01/2019 - Transpetro volta a ser alvo
Investigações da Operação Quinto Ano focaram em empresas e executivos da Transpetro acusados de participar de um esquema de pagamento de propinas para firmar acordos com a estatal, entre 2008 e 2014. Wilson Quintella Filho, ex-presidente e acionista do Grupo Estre, ficou temporariamente preso.

60ª fase: 19/02/2019 - Primeira denúncia em SP
Na Operação Ad Infinitum, as investigações focaram em operadores financeiros que, entre 2010 e 2011, agiam para que a Odebrecht injetasse dinheiro em campanhas eleitorais e pagasse propina a políticos. As acusações de desvio de R$ 7,7 milhões em recursos e imóveis caíram sobre Paulo Vieira de Souza (Paulo Preto), ex-diretor da estatal paulista Desenvolvimento Rodoviário (Dersa), apontado como operador de esquemas envolvendo o PSDB. Foi a primeira denúncia da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo.

61ª fase: 08/05/2019 - Disfarces de Mamon
Esta foi a primeira fase na qual foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede de um banco: o Banco Paulista, acusado de lavagem de dinheiro por meio de contratação de empresas de fachada para emitir notas de serviços não prestados e esconder pagamentos ilícitos. Entre 2009 e 2015, a instituição teria lavado mais de R$ 48 milhões, repassados pela Odebrecht, no exterior. Três executivos do banco foram presos. O nome da operação remete a um trecho da Bíblia: “Ninguém pode servir a dois senhores (...). Não podeis servir a Deus e a Mamon”. A explicação é que o banco envolvido usava suas informações privilegiadas para viabilizar atividades ilegais, ao invés de agir em prol da fluidez do sistema financeiro.

62ª fase: 31/07/2019 - Propina disfarçada de doação de campanha
Na Operação Rock City, o alvo de um mandado de prisão preventiva foi Walter Faria, presidente do Grupo Petrópolis (dono de marcas de cerveja como Itaipava, Petra e Crystal). Junto a outros executivos da empresa, ele foi acusado de lavar R$ 329 milhões em contas no exterior e ajudar a Odebrecht a pagar valores ilícitos ao trocar reais no Brasil por dólares em contas em outros países. A PF investigou o pagamento de propina disfarçada de doação de campanha eleitoral feita por companhias do Petrópolis.

63ª fase: 21/08/2019 - Refinanciamento de dívidas
Investigações da Operação Carbonara Chimica apontaram que a Odebrecht pagava propina periódica a dois ex-ministros visando a aprovação das Medidas Provisórias 470 e 472, que permitiriam refinanciar dívidas por meio da utilização de prejuízos fiscais da empreiteira como pagamento.

64ª fase: 23/08/2019 - Prejuízo de R$ 6 bi nos cofres públicos
Policiais federais investigaram, na Operação Pentiti, crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, além de corrupção ativa e passiva envolvendo a Odebrecht, que podem ter causado um rombo de R$ 6 bilhões nos cofres públicos. Foram cumpridos, em São Paulo e Rio de Janeiro, mandados de busca e apreensão em endereços ligados à ex-presidente da Petrobras Graça Foster e ao fundador do BTG Pactual, André Esteves. Investigação teve como base depoimentos da delação premiada de Antonio Palocci.


Fachada da sede da Odebrecht, em São PauloCrédito: Rovena Rosa/ Agência Brasil

65ª fase: 10/09/2019 - Família Lobão
Na Operação Galeria, Márcio Lobão, filho do ex-ministro Edison Lobão, foi preso, acusado de participar de esquemas de corrupção envolvendo a construção da hidrelétrica de Belo Monte e empresas como a Transpetro. De acordo com o MPF, um escritório de advocacia ligado à família Lobão, no Rio, recebia dinheiro decorrente de pagamentos indevidos.

66ª fase: 27/09/2019 - Funcionários do Banco do Brasil envolvidos
Entre os investigados da Operação Alerta Mínimo, estavam três gerentes e um ex-gerente do Banco do Brasil, acusados de facilitar diversas operações de lavagem de dinheiro entre 2011 e 2014. Segundo procuradores, a maior parte do valor desviado foi transformada em dinheiro em espécie para empreiteiras pagarem, em propinas, contratos com a Petrobras.

67ª fase: 23/10/2019 - Operação Tango & Cash
Esta operação, que contou com a participação de 100 policiais federais, investigou um grupo de empresas cujo objetivo era vencer ilegalmente licitações de contratos com a Petrobras. Segundo as investigações, as propinas pagas seriam de 2% do valor de cada contrato, o que corresponderia ao montante de R$ 60 milhões.

68ª fase: 20/11/2019 - Lava Jato na Suíça
Na terceira etapa da Lava Jato no exterior, a investigação se estendeu a Genebra, na Suíça, e apurou crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, com base em informações fornecidas por Palocci. O Ministério Público suíço cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados às empresas Vitol e Trafigura. Membros das duas companhias foram acusados de pagar propina a funcionários da Petrobras para obter vantagens na estatal.

69ª fase: 10/12/2019 - Lula e Oi/Telemar
Policiais federais investigaram, na Operação Mapa da Mina, repasses financeiros ilegais realizados pela Oi/Telemar para favorecer empresas do grupo Gamecorp/Gol, controladas por, entre outros, o empresário Fábio Luis Lula da Silva, filho de Lula. De acordo com o MPF, o ex-presidente favoreceu a Oi/Telemar ao garantir uma negociação que interessasse ao grupo e, consequentemente, a Fábio Luis. Além disso, policiais federais afirmaram que o ex-ministro José Dirceu praticou crime de tráfico de influência a favor do grupo.

70ª fase: 18/12/2019 - Operação Óbolo
Na última operação do ano, a Polícia Federal focou em colher provas de crimes relacionados a contratos de afretamento de navios pela Petrobras, que somaram R$ 6 bilhões. As empresas envolvidas no acordo eram Maersk, Tide Maritime e Ferchem. Também foi investigado o repasse de informações privilegiadas que favoreceram essas companhias, em troca de pagamentos ilícitos a funcionários da Petrobras.

2020

71ª fase: 05/03/2020 - Operação Titereiro
Na primeira operação de 2020, o alvo foi um suposto esquema de propina no Tribunal de Contas de Estado do Rio de Janeiro. Entre os detidos está Astério Pereira dos Santos, ex-secretário Nacional de Justiça do governo Michel Temer.


Fonte: CNN BRASIL

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Com marido preso, Gleisi ataca Temer e diz que prisão é 'desvio de foco' para garantir impeachment

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) se manifestou pela primeira vez na noite desta quinta-feira depois de ter o marido Paulo Bernardo Silva, o ex-ministro dos governos Lula e Dilma, preso por ordem do juiz Paulo Bueno de Azevedo na Operação Custo Brasil. Em carta publicada nas redes sociais, a petista atacou o governo interino do peemedebista Michel Temer, disse que Bernardo foi alvo de "injustiça" e acusou a Polícia Federal de "desrespeitar" sua família ao levar o político preso na presença dos filhos menores de idade. "Não me cabe outra explicação que não o desvio de foco da opinião pública deste governo claramente envolvido em desvios, em ataques aos direitos conquistados pela população. Garantir o impeachment é tudo o que mais lhes interessa neste momento", atacou.
Ele é alvo do primeiro desdobramento da Operação Lava Jato em São Paulo e está envolvido, segundo o Ministério Público, em um esquema de pagamento de propina de mais de 100 milhões de reais em contratos de prestação de serviços de informática no Ministério do Planejamento. De acordo com os investigadores, o ex-ministro petista recebeu cerca de 5,6 milhões de reais do esquema de corrupção montado no Ministério do Planejamento, entre 2010 e 2015. Para o procurador Andrey Borges de Mendonça, há provas de que 7 milhões de reais do esquema foram remetidos para um escritório de advocacia, em Curitiba, que, por sua vez, repassou 80% desse montante (5,6 milhões de reais) para Bernardo por meio de um contrato fictício.
"Hoje foi um dia muito triste na minha vida como mulher, como política e, sobretudo, como mãe. Conheço o pai dos meus filhos. Sei das suas qualidades e do que não faria, por isso sei da injustiça que sofreu nesta manhã. Mais de 10 pessoas estranhas entraram em minha casa com ordem de busca e apreensão. Trouxeram também uma ordem de prisão preventiva contra o Paulo", relatou Gleisi Hoffmann na carta.
A petista, que não apareceu no Senado nesta quinta e desfalcou a tropa de choque de Dilma Rousseff na comissão do impeachment, questionou a necessidade do mandado de busca e apreensão, já que a investigação contra o casal foi aberta há vários meses, e declarou que o marido "se colocou inúmeras vezes à disposição da Justiça". "Vieram coercitivamente buscá-lo em casa, na presença de nossos filhos menores. Um desrespeito humano sem tamanho, desnecessário. Não havia nada em nossa casa que podia ser levado. Mesmo assim levaram o computador do meu filho adolescente. Fiquei olhando meu menino e pensei sobre a dor que sentia com aquela situação", relatou ela na carta.
Em um ataque indireto ao presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que se tornou réu nesta quinta-feira por esconder propina em contas secretas na Suíça, disse que "não fez fortuna", "não tem conta no exterior" e informou que o patrimônio "parte financiado, foi comprado com nossos salários".

Fonte: veja.abril.com.br

Lava Jato investiga 12 empresas ligadas a esposa de Jorge Viana, diz jornalista

Site diz que a força tarefa e o juiz Sérgio Moro acompanham todas as manobras em torno do impeachment da presidente Dilma

O jornalista Mino Pedrosa publicou reportagem em um site nacional onde alerta para uma suposta manobra envolvendo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e parlamentares para que o vice-presidente do Senado Federal, Jorge Viana (PT/AC) assuma a Presidência do Senado e assim evite o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

De acordo com a publicação de Pedrosa, o pedido de prisão dos peemedebistas Renan Calheiros, presidente do Senado, Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara dos Deputados, e Romero Jucá, ex-ministro de Temer, faz parte de uma estratégia de abrir caminho para Viana assumir a Presidência do Senado.

Pedrosa afirma ainda que a suposta manobra em ação divide o Supremo Tribunal Federal e põe a força tarefa da Operação Lava Jato para investigar Jorge Viana.

“O pedido de prisão da cúpula peemedebista chamou a atenção da Corte Suprema e da Operação Lava Jato. A estratégia de aniquilar o PMDB no Senado Federal, fazendo o petista Jorge Viana, comandar o impeachment da presidente Dilma, fez com que os procuradores da força tarefa disparassem o arsenal contra Viana, que vem sendo investigado na operação Lava Jato da Polícia Federal”, diz trecho da reportagem.

O jornalista diz que os investigadores rastrearam as empresas ligadas ao vice-presidente do Congresso Nacional, Jorge Viana e suas ramificações no mundo dos negócios com empreiteiras investigadas na operação. Segundo Pedrosa, as investigações descobriram que as empresas ligadas a Jorge Viana estão no nome da sua esposa, Maria Dolores Miguel Nieto.

“O senador usa Maria Dolores Miguel Nieto, sua esposa, para operar ao menos doze empresas diversificadas com a sua maioria focada em energia”, diz a reportagem.

A Polícia Federal na operação Lava Jato fez cruzamentos com empresas investigadas na operação, montando um organograma completo.

“A surpresa foi os estreitos laços com de Jorge Viana com o subprocurador da República, José Roberto Figueiredo Santoro, conhecido por seus estreitos laços com tucanos de alta plumagem, quando recebeu o título por ter abatido a peemedebista Roseana Sarney no escândalo da Lunus”, diz Pedrosa.

Segundo a publicação, as investigações demonstram sociedades entre a esposa do vice-presidente do Congresso Nacional, o Subprocurador José Roberto Santoro e familiares, formando uma grande teia de empresas, apontadas em lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

Paralelo a isso, a Polícia Federal apura em inquérito, um forte esquema de lavagem de dinheiro em escritórios de advocacia. O Subprocurador, José Roberto Figueiredo Santoro com escritório de advocacia em Brasília, Araxa (MG), São Paulo e Vitória (ES), deixou rastro de sua sociedade em Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCHs) com o vice-presidente do Congresso, Jorge Viana, que registrou o investimento em nome de uma das empresas de sua esposa, a Ambiente Energia.

A Polícia Federal investiga o escritório de advocacia do Subprocurador do Ministério Público Federal, José Roberto Figueiredo Santoro, que opera para a empresas do ramo de transporte de veículos zero quilometro, investigadas por crime de cartel e lavagem de dinheiro, usando escritórios de advocacia.

A força tarefa e o juiz Sérgio Moro acompanham com lupa todas as manobras em torno do impeachment da presidente Dilma Rousseff desde o flagrante com o ex-presidente Lula, tentando por fim na operação Lava-Jato e agora pela cúpula do PMDB, aliados de Lula e Dilma.

Jorge Viana chamou a atenção da Força Tarefa pelo número de empresas em nome de sua esposa, também despertou a atenção, as ligações entre os consórcios nas construções nas usinas de Santo Antônio e Jirau feitas pela Odebrecht e Suez, as duas no rio Madeira, nos estados do Acre e Rondônia.

A reportagem tentou contato com Jorge Viana, mas o vice-presidente do Senado não foi encontrado para falar sobre o assunto.

Fonte: Contilnetnoticias.com

Deputada acusa Romário e pode derrubá-lo: "Trocou voto no impeachment por cargo"

Acusação contra Senador pode prejudicá-lo durante campanha pela prefeitura do Rio.


O Senador Romário Farias, do PSB, anunciou recentemente sua campanha pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Nem bem começou a campanha e ele já vem sendo alvo de acusações. Uma delas feita pela deputada federal Mara Gabrilli, do PSDB de São Paulo, que é cadeirante e conhecida justamente pelo seu trabalho em prol dos deficientes físicos. Ela é muito respeitada pelos colegas.

De acordo com uma reportagem publicada pelo colunista Lauro Jardim do jornal 'O Globo' nesta quinta-feira, 23, Cabrilli não teria gostado nada de como aconteceu a nomeação de uma ex-deputada para o cargo de Secretária da Pessoa com Deficiência do governo do presidente em exercício Michel Temer, do PMDB.

Fonte: http://br.blastingnews.com/

Temer revoga decreto “comunista” e devolve poderes aos militares. Entenda!

Nesta segunda-feira, 20 de junho de 2016, o presidente interino Michel Temer fez um gesto que mudará o curso na história do Brasil dando uma guinada à direita e apagando todas as agruras cometidas pelo governo comunista de Luís Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.

Dilma Rousseff, antes de seu afastamento, editou um decreto sob orientação de Lula onde retirava dos militares prerrogativas imprescindíveis à soberania nacional. O decreto nº 8.515 colocava os comandantes da três Forças em condições precárias e dava total autonomia ao Ministro da Defesa, sendo este um civil nomeado da confiança do Presidente.

Dilma delegou, entre outros poderes, o de transferir para a reserva remunerada oficiais superiores, intermediários e subalternos, reformar oficiais da ativa e da reserva, promover oficiais a postos superiores e até nomear capelães militares. E o pior: os comandantes militares não foram consultados sobre o decreto. O decreto produziu tal irritação entre oficiais superiores das três forças que Dilma, uma semana depois, acabou recuando em parte de sua decisão. Assinou uma retificação ao decreto dizendo que o Ministro da Defesa poderia subdelegar aos comandantes militares os poderes que ela havia lhe conferido.
Nesta segunda-feira (20), o presidente Michel Temer revoga o decreto 8.515 e devolve aos militares comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica os poderes que sempre lhe foram conferidos.

Fonte: http://www.brasilverdeamarelo.com/

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Alckmin chama atos contra o aumento da tarifa de "vandalismo seletivo"

 Fonte: DOUGLAS PINGITURO/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
"Estranho, não houve nenhuma manifestação quando a energia elétrica subiu 70%", comparou o governador de SP

O governador Geraldo Alkckmin comentou nesta quinta-feira (14) as manifestações contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo. Após o ato da última terça que terminou com 13 detidos e alguns feridos, estão programados dois novos protestos na capital paulista nesta quinta, um em frente ao Theatro Municipal, no centro, e outro no Largo da Batata, zona oeste, ambos às 17h. Os trajetos das passeadas foram divulgados nesta tarde.

Ele deu a entender que os atos do Movimento Passe Livre (MPL) não são legítimos por causa do "vandalismo". "Manifestação legítima, pacífica, é nosso dever até acompanhá-la, dar segurança. Não tem nenhum problema, isso é extremamente positivo. Agora, outra coisa é vandalismo seletivo. Não teve manifestação quando a inflação passou de 10%", disse o governador.

Movimento Passe Livre divulga trajetos de atos desta quinta em SPMovimento Passe Livre divulga trajetos de atos desta quinta em SP
Secretário pede que MPL contenha os black blocs em manifestaçãoSecretário pede que MPL contenha os black blocs em manifestação
Senador afirma que vandalismo das manifestações não é terrorismoSenador afirma que vandalismo das manifestações não é terrorismo
PM lançou uma bomba a cada 7 segundos na Paulista para dispersar ato do MPLPM lançou uma bomba a cada 7 segundos na Paulista para dispersar ato do MPL
Liderança do MPL acoberta black blocs, diz secretário de SegurançaLiderança do MPL acoberta black blocs, diz secretário de Segurança
Alckmin justifica o aumento dos preços de passagens de ônibus, trens e metrô de R$ 3,50 para R$ 3,80 (aumento de 8,57%) argumentando que a alta é menor que a inflação oficial (IPCA), que fechou 2015 em 10,67%.

Além disso, o governador citou grupos que já têm o benefício da gratuidade nos transportes, como estudantes de baixa renda, desempregados, idosos, deficientes e o trabalhador que recebe vale-transporte. Ele ainda lembrou que os bilhetes únicos semanal, mensal, 24h e "madrugador" (que entra no metrô antes de 6h15) mantiveram o mesmo preço do ano passado.

Alckmin também questionou os manifestantes, comparando a pauta com outro aumento de tarifa em nível nacional: "Estranho, não houve nenhuma manifestação quando a energia elétrica subiu 70%". E emendou: "Então, vandalismo seletivo, não", repetiu. "Isso o paulista sabe diferenciar bem as coisas, e não aceita".

Força policial

Alckmin também comentou a força policial utilizada no último ato do Movimento Passe Livre, na terça (12), quando bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral foram arremessadas para dispersar os manifestantes na Praça do Ciclista (cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação) antes mesmo de a passeata começar.

"Alguns não querem manifestação, querem confronto com a polícia para sair na mídia", afirmou o governador.

A justificativa oficial para o uso da força é que os manifestantes tentaram fazer outro percurso não previsto, descendo pela Avenida Rebouças em vez da R. da Consolação. Os policiais foram criticados, no entanto, por não terem deixado rotas de fuga abertas no momento em que se decidiu dissolver o ato, algo previsto em manual da própria Polícia Militar e em orientações de ações policiais de rua da Organização das Nações Unidas (ONU).

Alckmin lembrou que a cidade tem 12 milhões de habitantes e o trânsito precisa de ser desviado a partir de um roteiro previamente estabelecido. Ele lembrou a Constitução Federal, que exige que as autoridades sejam avisadas de manifestações."Você faz uma reunião (...) e ninguém comparece", criticou, por fim, o governador, por causa da ausência de membros do MPL em reunião agendada pela Procuradoria para esta quinta de manhã.


(Foto do texto: Agência Brasil)

Por Jovem Pan

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