Significa dizer que um em cada três deputados e senadores participa do grupo que tentará regularizar a atividade no Brasil. Ao contrário da pirâmide, o marketing multinível não é considerado crime.
O anúncio da criação da Frente já havia sido feito pelo deputado Acelino Popó (PRB-BA) - o presidente - em uma audiência pública no dia 21 de agosto. Na época,ele mostrou que agiria para desbloquear os bens das empresas que, disse, prejudicavam milhares de brasileiros.
O discurso de apoio foi seguido por outros deputados. “Eu senti firmeza na TelexFREE”, chegou a dizer Sílvio Costa (PTB-PE) na época.
Hoje, porém, o tom mudou. Em entrevista à Rádio Câmara (ouça aúdio abaixo), Popó criticou a maneira fácil de ganhar dinheiro que algumas empresas vem oferecendo e chegou a sugerir a criação de uma CPI para investigá-las.
“Estamos dando entrada para que haja uma CPI para entrarmos mais fundo nisso aí. Tem muita gente lesada. Quem entra são pessoas que têm que estar resgatando mais pessoas para ter um benefício maior”, afirmou.
O deputado foi particularmente crítico em relação à TelexFREE, da qual disse ter feito “algumas contas” básicas. “O numero não bate. Tem alguém ganhando muito dinheiro com isso aí”, disse.
De certa forma, os parlamentares estão reagindo a um clamor popular. Eles foram procurados em peso por vendedores que se diziam em grandes dificuldades financeiras depois que TelexFREE e BBom tiveram os bens bloqueados em junho e julho, respectivamente.
Somente a primeira tem mais de um milhão de divulgadores em todo o país.
A Frente já recebeu uma minuta de um projeto da Associação Federal de Empreendedores de Marketing Multinível. Uma das exigências do texto, segundo a Agência Câmara, é que os interessados em trabalhar nessas empresas passem por um treinamento presencial.
Na Câmara dos Deputados, já há dois projetos sobre o assunto em análise (PL 6170/13 e PL 6206/13).
Fonte: Exame
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