sábado, 30 de junho de 2012

"O Twitter está super-entusiasmado com o Brasil", diz executiva brasileira na rede

Em entrevista exclusiva, Regina Ponce destaca conexão emocional dos brasileiros
Diego Iraheta e Rosana Hermann, do R7
\Twitter 1_525Eduardo Enomoto/R7
Responsável por melhorar experiência de brasileiros no Twitter, Regina Ponce veio a São Paulo gravar entrevistas com líderes da tuitosfera nacional


Há 18 anos morando nos Estados Unidos, a jornalista brasileira Regina Ponce começou a trabalhar neste ano na start-up, no Vale do Silício.Uma semana após o anúncio de que o Twitter vai abrir escritório no Brasil, uma executiva da empresa desembarcou em São Paulo para conhecer a história de tuiteiros influentes do País.
Antes gerente na Cisco (maior fabricante de tecnologia do mundo), hoje ela não ocupa um cargo específico.
— Lá [no Twitter], as pessoas não se preocupam muito com os cargos, os títulos que têm no trabalho. É um ambiente muito aberto, e as pessoas acabam colaborando com muitas coisas diferentes.
Regina, no entanto, é responsável por bolar maneiras de melhorar a experiência dos usuários brasileiros na plataforma de microblog.
Ela aproveitou a sua HackWeek (semana que empresas 2.0 dão para incentivar projetos criativos de seus funcionários) para vir ao Brasil, um dos cinco maiores polos de tuítes do mundo, e gravou entrevistas com personalidades que mobilizam a tuitosfera brasileira.
Em entrevista exclusiva ao R7, Regina Ponce falou sobre como o Twitter enxerga o Brasil e a relação peculiar do brasileiro com seu perfil na rede. Leia a íntegra:
R7: Regina, como começou sua relação com o Vale do Silício, fonte do fermento tecnológico da atualidade?Regina Ponce: Fui para os Estados Unidos fazer um mestrado em comunicação. Foi numa universidade bem no Vale do Silício. Fui seduzida por toda a tecnologia em volta de mim. Era no boom da tecnologia, nos anos 80. Foi a época em que os Estados Unidos descobriram que a América Latina tinha um poder incrível de mercado. Recebi uma oferta de emprego lá e acabei ficando para ver como era.
R7: Você foi gerente de relações globais na Cisco, uma das gigantes de tecnologia do mundo. Como foi a transição de uma empresa grande para uma start-up, como o Twitter?Trabalhei por mais de 10 anos na Cisco, com mercado da América Latina, principalmente Brasil. Na verdade, eu tenho uma personalidade que navega muito bem em culturas diferentes. E também em modelos de negócios diferentes. Amei trabalhar na Cisco, era uma empresa toda estruturada, grande, dava para fazer grandes projetos. E, ao mesmo tempo, acho o modelo do Twitter muito legal. Lá, as pessoas não se preocupam muito com os cargos, os títulos que têm no trabalho. É um ambiente mais aberto; as pessoas acabam colaborando com muitas coisas diferentes.
R7: Nesta semana, foram divulgadas as imagens do novo escritório do Twitter. Tem sala de jogos e até de yoga. É bem descontraído trabalhar lá?Acho que a questão de você não ter paredes entre um funcionário e outro é ótima. Temos um espaço muito amplo, cria-se um ambiente de colaboração. A alta gerência do Twitter é super-aberta, para realmente ouvir todo mundo e receber críticas e trabalhá-las para melhorar. É um novo modelo para uma nova economia.
Visite as instalações hi-tech do novo prédio do Twitter nos EUAR7: E aqui [no Brasil], você está a trabalho?Na verdade, estou na minha HackWeek. Vim fazer um projeto pessoal, que é conhecer e projetar líderes do Brasil que estão usando o Twitter para ter impacto na comunidade. Alguns estão trabalhando com alfabetização, outros criam espaços para ajudar comunidades por meio de doações. Tudo é feito pelo Twitter. Quero que a empresa conheça essas histórias para fazer uma conexão emocional com o produto que estamos criando.
R7: A empresa tem novas instalações, incentiva os funcionários a tocar projetos criativos; isso indica que está crescendo... Mas de que forma entra receita no Twitter?Essa não é minha área. Eu cuido muito mais de usuário, localização, Help Center, atendimento aos usuários brasileiros. Mas a publicidade é uma das fontes de renda do Twitter.

Jornalistas do Portal R7 entrevistam executiva brasileira que trabalha no Twitter

Executiva brasileira que trabalha no Twitter é entrevistada por jornalistas do R7 (Foto: Eduardo Enomoto/R7)
R7: O tuiteiro brasileiro tem alguma característica marcante?Às vezes, recebo problemas de usuários de outros países e eles dizem: "Alguém entrou na minha conta". O brasileiro fala muito: "Alguém roubou a minha conta". Então, existe todo esse carinho especial pela conta dele, que ele cuida como se fosse um objeto pessoal. É uma coisa única do brasileiro ter essa conexão emocional até com a conta do Twitter. Ele também é o usuário mais agradecido que já conheci, incrivelmente gentil.
R7: Que outros problemas enfrenta o usuário brasileiro no Twitter?Muitas vezes, eles esquecem senha e não conseguem entrar na conta. Se às vezes o sistema está muito devagar, eles se queixam da conexão. Em geral, são coisas muito fáceis de resolver.
R7: Quais os planos do Twitter para o Brasil?Eles [diretores] estão super-entusiasmados com o mercado brasileiro. Vão criar um escritório aqui muito em breve. A única coisa que sei é que eles são tão entusiasmados com o Brasil como eu acho que brasileiro é com Twitter.
R7: Quantos milhões de brasileiros tem o Twitter?Isso muda bastante, tem cada vez mais brasileiros. Está entre os cinco países com mais perfis.
Leia mais notícias de Tecnologia no BabooSegundo a Segundo: utilize o agregador de notícias do R7 no TwitterR7: O Twitter é o veículo mais rápido de notícias. Chega a ser mais real time que outras redes na internet. O rádio é o meio que mais se aproxima dele. Twitter e jornalismo vão caminhar juntos na sua avaliação?O meio de massa mais interessante é o Twitter. É um meio muito mais democrático que jornais e programas de TV. O leitor pode conversar com quem está do outro lado também.
R7: Regina, dá para mudar o mundo em 140 caracteres?Acho que quem vai dizer isso é o pessoal que está usando. Se você olhar historicamente, muita gente falou muito com muito poucas palavras. Então, acho que é bem possível.

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