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Fábio José Silva Coelho, representante do Google no Brasil, foi detido pela Polícia Federal nesta quarta-feira (26)
Segundo a PF, Fábio Coelho é acusado de desobediência. A prisão foi determinada pela Justiça Eleitoral do Mato Grosso do Sul devido ao Google não ter retirado do ar dois vídeos ofensivos ao candidato a prefeito da capital Campo Grande Alcides Bernal, do PP.
A prisão do executivo foi destaque na imprensa internacional. O site do jornal norte-americano The New York Times publicou uma nota sobre a prisão de Fábio e diz que o caso questiona novamente a responsabilidade do Google nos conteúdos divulgados em seus sites.
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De acordo com a assessoria da PF, após a prisão de Fábio Coelho, o executivo assinaria um termo circunstanciado e seria liberado, por se tratar de um crime de “menor potencial ofensivo”.
Ainda nos Estados Unidos, o jornal Washington Post também destacou a prisão de Fábio Coelho e também que tentou entrar em contato com Alcides Bernal, mas não obteve sucesso.
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Após ser detido, Fábio Coelho teria também de se comprometer a comparecer perante a Justiça e colaborar com o julgamento.
O site do jornal The Wall Street Journal publicou na última terça-feira (25) que a Justiça havia decretado aprisão de Coelho. O jornal afirmou que uma porta-voz do tribunal disse que o caso estava “nas mãos da Polícia Federal”, que viria a prender o executivo nesta quarta.
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O pedido de prisão de Fábio Coelho e a suspensão do acesso aos sites do YouTube e do Google no Estado do Mato Grosso do Sul já haviam sido determinados pela primeira instância da Justiça Eleitoral.
O Google recorreu, mas o juiz Amaury da Silva Kuklinsky (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) manteve a sentença.
O site do jornal Huffington Post também explicou o caso, que “vai contra as estritas leis eleitorais” do Brasil.
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De acordo com o juiz Kuklinsky, apesar de ser um “espaço livre e democrático, o uso indevido da internet, na esfera eleitoral, deve ser coibido, na medida em que não se trata de território isento de responsabilidade e não se vislumbra qualquer causa de imunidade no manuseio dessa ferramenta de comunicação”.
O site do britânico The Guardian publicou que o caso é uma infração ao Código Eleitoral de 1965, que bane campanhas que “ofendam a dignidade ou decoro” de qualquer candidato.
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Procurado por meio de sua assessoria de imprensa, o Google afirmou que recorre da decisão, porque “sendo uma plataforma, o Google não é responsável pelo conteúdo do site”. A assessoria, entretanto, não comentou a prisão, nem informou se os vídeos seriam removidos.
O site em espanhol da rede BBC conta que os vídeos sobre o candidato Alcides Bernal “acusam o candidato à prefeitura de instigar o aborto, o alcoolismo, as agressões físicas contra menores de idade e o enriquecimento ilícito, assim como defender os preconceitos com os menos privilegiados”.
Os vídeos que deveriam ter sido retirados do ar ainda podiam ser acessados no YouTube na tarde desta quarta.
O site do jornal francês Le Monde também destacou a prisão de Fábio e explicou que o executivo foi preso graças a vídeos que “difamam um candidato às eleições municipais de outubro”.
De acordo com a PF, o crime de desobediência do qual Coelho é suspeito prevê detenção de até um ano.
A prisão de Fábio também foi destaque na Alemanha: o jornal Der Spiegel, um dos maiores do país, publicou uma matéria dizendo que “o CEO do Google no Brasil está sob custódia”.
O jornal também diz que o Google se defendeu e disse que não é responsável pelo conteúdo divulgado em seu site.
Fonte: R7.com
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